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Depois de Nampula entra em transmissão comunitária da covid-19 a Cidade de Pemba, Maputo será a próxima

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“As cidades de Nampula e Pemba constituem os dois locais geográficos a nível nacional a transitar para o padrão de transmissão comunitária” anunciou neste domingo (21) o ministro da Saúde que deixou claro não existe capacidade para Moçambique realizar testagem em massa da covid-19. O @Verdade apurou que a propagação comunitária do novo coronavírus na Cidade de Maputo é uma realidade que será formalizada nos próximos dias.

Sem mencionar que o primeiro caso da covid-19, registado a 10 de Abril na Cidade de Pemba, foi um contacto do primeiro trabalhador da petrolífera Total que testou positivo o ministro Armindo Tiago disse que desde então a epidemia “tem vindo a apresentar uma progressão rápida”.

“Em relação à Cidade de Pemba, até ao presente momento os principais achados da avaliação da situação epidemiológica da covid-19 são: Elevada percentagem de positividade de amostras testadas, que actualmente é o dobro da média nacional; Elevada transmissibilidade interpessoal; Mudança no perfil demográfico dos casos de COVID-19”, assinalou o titular da Saúde que declarou em conferência de imprensa que “Com este perfil epidemiológico queremos informar que estão cumpridos os pressupostos do padrão de Transmissão Comunitária na Cidade de Pemba”.

O ministro Tiago enfatizou que “as Cidades de Nampula e Pemba constituem os dois locais geográficos a nível nacional a transitar para o padrão de Transmissão Comunitária. O restante do país ainda apresenta um padrão epidemiológico baseado em focos de transmissão”.

“Com vista a conter e mitigar a epidemia do covid-19 na Cidade de Pemba, estão em curso as seguintes acções: expansão da Vigilância Activa a nível da Cidade de Pemba e Província de Cabo Delgado, para monitoria da epidemia e identificação precoce de novos locais afectados; fortalecimento das equipes locais de Vigilância Epidemiológica; preparação do Inquéritos Sero-epidemiológicos Rápidos de base comunitária ao nível da Cidade de Pemba, para determinação da magnitude da epidemia; intensificação das acções de higiene e saneamento; intensificação das acções de educação sobre prevenção da covid-19; estabelecimento da capacidade de testagem de SARS-CoV-2 na Cidade de Pemba utilizando a tecnologia de PCR. Neste momento está em curso a finalização da adaptação de infraestrutura laboratorial; mobilização multissectorial para o cumprimento rigoroso das medidas do nível 3; monitoria da evolução da epidemia para guiar a tomada de decisões, e fazer ajustes imediatos ao plano de contenção e mitigação”, detalhou o governante.

“A nossa intenção é de garantir que o pico aconteça o mais tarde possível”

Apesar da transmissão comunitária em curso nas cidades de Nampula e de Pemba o ministro da Saúde clarificou ao @Verdade: “embora muitos indivíduos considerem que se possa fazer testagem em massa, devemos dizer aqui que o país tem 30 milhões de habitantes, também já dissemos neste pódio que um único teste de covid-19 custa quase 12 mil meticais, eu ia devolver a pergunta ao Caldeira, se estivesse a dirigir um país havia de propor a testagem em massa?”.

Relativamente ao horizonte temporal em que os moçambicanos irão viver com o novo coronavírus Armindo Tiago lembrou que “de acordo com os dados iniciais da Organização Mundial da Saúde, se as medidas não tivessem sido tomadas, numa situação sem medidas de prevenção, previa-se que o pico em Moçambique seria entre Abril e Junho”.

“Pelo até hoje não chegamos ao pico e ainda estamos a conseguir proteger o nosso sistema de saúde, que é o elo mais fraco no processo de evolução da epidemia. Apesar disso a nossa intenção é de garantir que o pico aconteça o mais tarde possível, desta forma continuaremos a proteger o nosso sistema de saúde e estaremos a garantir, por um lado, que nós conseguimos garantir a assistência médica de qualidade aos doentes que não tem covid-19 mas por outro lado garantimos que os centros de isolamento não estejam sobrecarregados com doentes numa situação de evolução acelerada da epidemia”, explicou o ministro da Saúde indicando que o pico da pandemia em Moçambique continua a ser empurrado para o início de 2021.

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