O Conselho Municipal da cidade da Matola, na província de Maputo, Sul de Moçambique, demoliu quarenta e três casas, algumas das quais de construção precária, no bairro de Tchumene Um, alegadamente por terem sido construídas ilegalmente.
Os proprietários das casas destruídas consideram que a decisão da edilidade é injusta, uma vez que tiveram acordo verbal em Outubro último, com o Director do Planeamento Territorial e Urbanização para alistar as pessoas interessadas em adquirir espaço mediante o pagamento de 20 mil meticais cada (o dólar EUA equivale a cerca de 36 meticais).
Os visados disseram a Televisão de Moçambique (TVM) que, depois do acordo verbal, surpreendentemente, na manhã da última Quinta-feira, o Conselho Municipal enviou 12 homens armados com ordens para demolir as casas, usando uma pá escavadora.
A Vereadora do Planeamento territorial e Urbanização no Conselho Municipal de Maputo, Inês Chilundo, diz que as demolições vão continuar porque os visados ocuparam ilegalmente os terrenos.
De referir que o processo de atribuição de Direito de Uso e Aproveitamento da Terra (DUAT) no município da Matola é muito moroso. Por outro lado, muitos nativos, cujas casas são modestas, tem vindo a ser retirados compulsivamente das suas zonas para dar lugar a criação de bairros luxuosos, como é o caso de Tchumene, onde ao lado das casas demolidas estão a ser construídas “mansões”.
Os lesados entregaram um documento de protesto à vereação do planeamento, manifestando o seu descontentamento sobre a medida tomada pelo município.