Para continuarmos  a fazer jornalismo independente dos políticos e da vontade dos anunciantes o @Verdade passou a ter um preço.

Democratizar o cinema

Democratizar o cinema

A problemática dos transportes, a pobreza urbana e suburbana, bem como o tema que se prende com a auto-estima são os aspectos da vida social da capital que, no fim de duas semanas de formação cinematográfica, um grupo de jovens realizadores exibirá, brevemente, em três documentários.

A iniciativa resulta da combinação da parceria entre a Audiovisuales Sin Fronteras – ASF, a Embaixada Espanhola e o Fórum do Cinema de Curta- -Metragem – Kugoma, entre outras organizações locais que, no âmbito do projecto “Olhares para o Território” dirigido pelo realizador espanhol Andrés Morte, promove oficinas de formação.

Em parte, a iniciativa tem como objectivo abordar a realidade das cidades mundiais sob o ponto de vista local, profissionalizar a área cinematográfica e, acima de tudo, criar e desenvolver um território cinematográfico em cada cidade – “o que deve culminar com a edifi cação e fortalecimento de empresas do ramo do audiovisual”.

Para o efeito, de um universo de 40 concorrentes à I Ofi cina, foram seleccionados 16 (dos quais quatro mulheres) jovens que no contexto do mesmo projecto foram orientados a elaborar o guião, a pré-produção e a produção de filmes de curta-metragem com duração de até 20 minutos.

Terminada a obra, a 15 de Junho, os filmes serão exibidos durante a II edição do Fórum de Cinema Curta-Metragem – Kugoma, a decorrer entre 30 de Junho a 15 de Julho, nos bairros urbanos e suburbanos da cidade de Maputo.

“Teremos a estreia do filme do realizador português André Chagas, amostras do cinema brasileiro do ´Festival Curta Santos` a que se inclui uma programação de filmes completamente infantis, além de debates cinematográfi cos e sobre a cultura dos povos”, refere Cíntia Marília do Kugoma.

A fonte acrescenta que “a experiência do ano passado é animadora”, afinal, “as pessoas receberam favoravelmente o festival”. O facto deve-se à “identidade local que o público encontra nos filmes”.

Por seu turno, o realizador espanhol, Andrés Morte, considera que “os formandos são muito criativos, disciplinados e responsáveis”. É por essa razão que “os resultados são muito positivos. Pensamos em dar continuidade nos próximos anos, podendo-se fortalecer a iniciativa com mais e melhores equipamentos”.

Refira-se que, na África Austral, Moçambique é o primeiro país a beneficiar do projecto “Olhares para o Território”. Assim, a capital moçambicana junta-se a cidades como Casa Blanca, Lima, Florença, Barcelona, Dakar, Manila, entre outras, com um território cinematográfico desenvolvido ao abrigo do mesmo projecto.

Facebook
Twitter
LinkedIn
Pinterest

Deixe um comentário

O seu endereço de email não será publicado. Campos obrigatórios marcados com *

Related Posts