O fabricante americano de máquinas Caterpillar anunciou nesta terça-feira a intenção de cortar mais 2.454 empregos, elevando o total a 25.000 durante o ano.
A medida afeta cinco fábricas americanas, entre elas, uma que será fechada em Jefferson, Georgia (sudeste) e outra em Griffin, no mesmo estado. As demais ficam em Indiana e Illinois.
As demissões devem começar em maio e junho. O grupo justificou essa onda de demissões pela “queda da demanda” decorrente da crise que assola o setor da construção. Com essa nova leva de demissões, o fabricante americano deverá demitir 25.000 funcionários no mundo, para enfrentar “o ano muito duro” que acaba de começar e que deve se traduzir pela queda de aproximadamente 20% do faturamento.
A Caterpillar tinha quase 113.000 trabalhadores no fim de 2008 e espera, também, 8.000 demissões entre os trabalhadores temporários, que não estão contabilizados nos efetivos totais e não terão os contratos renovados.
Entre outras medidas de redução de custos aprovadas, que incluem ainda fortes reduções de horas extras, além de um congelamento nas contratações e dos salários para os empregados administrativos, foram anunciadas no momento em que a Caterpillar registrou em 2008 uma quase estagnação de seu lucro, a 3,56 bilhões de dólares.
No quarto trimestre, o lucro caiu 32%, para 661 milhões de dólares. Por ação, o ganho ficou em 1,08 dólar, contra 1,31 dólar previsto pelos analistas, segundo comunicado do grupo.
“Com a forte queda nas vendas, acreditamos que os lucros de 2009 cairão muito em relação a 2008, e estamos adotando medidas para atingir nossa meta de lucro por ação de 2,50 dólares, sem contar os custos de reestruturação, para vendas e receitas de 40 bilhões em 2009”, explicou o grupo.