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De Chernobyl a Fukushima: 25 anos depois, debate sobre o nuclear volta à tona

A questão da utilização de energia atômica entrou novamente em debate, esta semana, após o agravamento da situação nas centrais nucleares no Japão. Mas essa não é a primeira vez que esta discussão ganha amplitude entre governantes e especialistas. Desde 1986, quando dois reactores explodiram em Chernobyl, os riscos desse tipo de energia criam debate.

No dia 26 de abril de 1986, dois reactores nucleares explodiram na cidade de Chernobyl, na Ucrânia, lançando 100 vezes mais radiação que a bomba atômica de Hiroshima. Nesse dia, o mundo presenciou o maior desastre nuclear da história da humanidade.

Na época, as autoridades e especialistas se questionaram se deveriam continuar a investir nessa tecnologia e diversos países optaram por utilizar outras alternativas.

Mais de duas décadas passaram, nenhum outro grande acidente aconteceu, e aos poucos as questões ligadas ao risco foram deixadas de lado. Desde então, diversas usinas foram construídas pelo mundo e outras reactivadas.

Mas em 11 de março deste ano o problema voltou à tona em Fukushima, no Japão. Após a catástrofe natural do terremoto de 8,9 na escala Richter que atingiu o país, os reactores da central de energia atômica de Fukushima explodiram. O vazamento de radiação atingiu níveis perigosos e centenas de pessoas tiveram que ser retiradas.

Especialistas em todo o mundo voltam a debater a questão. Para o José Goldemberg, físico nuclear e professor da Universidade de São Paulo, o acidente do Japão mostrou que a energia nuclear é “extremamente vulnerável”.

Já o físico nuclear e director emérito da Ecole Polytechnique de Palaiseau, Roberto Salmeron, lembra que a energia nuclear é inevitável para a produção de eletricidade em muitos lugares do mundo.

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