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Gerais 2014: Daviz Simango eleito candidato presidencial do MDM

Gerais 2014: Daviz Simango eleito candidato presidencial do MDM

É oficial. Confirmou-se o que já era esperado. O Conselho Nacional do Movimento Democrático de Moçambique, reunido na sua II Sessão Ordinária na cidade de Chimoio, província de Manica, elegeu este domingo (30) Daviz Simango como candidato presidencial, pela segunda vez, deste partido às eleições gerais de 15 de Outubro próximo. “Nós criamos um novo paradigma e estamos mostrando que não é preciso brigar com ninguém. Pois as nossas campanhas têm trazido ao cenário eleitoral uma juventude que ama Moçambique, que ama a liberdade”, começou por afirmar Simango no seu discurso após a eleição.

Com 94.56 porcento dos votos, Daviz Simango mereceu a confiança de 53 dos 56 membros do Conselho Nacional presentes no encontro, sendo que os votos dos restantes três foram considerados nulos durante o processo de contagem. Daviz Simango era único pré-candidato a candidato presidencial do MDM e a sua indicação foi legitimada pelo Conselho Nacional.

Assim, Daviz Simango torna-se o quarto candidato presidencial a ser anunciado, depois de Flipe Nyussi, da Frelimo, Afonso Dhlakama, da Renamo, e Ya-qub Sibindy, do PIMO.

Aliás, Daviz Simango vai concorrer pela segunda vez contra o líder da Renamo, Afonso Dhlakama, seu mentor político, com o qual entrou em colisão em 2008 quando contrariou a decisão de não se recandidatar ao município da Beira, na província de Sofala.

Também, o MDM rompeu a bipolaridade no Parlamento moçambicano que outrora era dominado pela Frelimo, uma vez que nas eleições gerais de 2009, ano da sua fundação, conseguir eleger oito deputados. Refira-se que Afonso Dhlakama vais concorrer pela quinta vez consecutiva pela Renamo e perdeu todas as anteriores eleições.

No seu discurso após a eleição, Simango pediu a confiança dos moçambicanos no dia da votação pois só assim “é que o MDM vai materializar o seu objectivo de servir o povo”. Por outro lado, Daviz Simango pediu união e dedicação aos militantes do partido e apelou-lhes para que usem todas as ferramentas de comunicação de que dispõem para dialogarem com o povo.

Para Simango, os militantes devem usar o poder da comunicação oral como MSN, sigla que significa Mensagem Sem Número, para facilitar o diálogo a qualquer momento e em qualquer lugar. “Vamos usar o poder da comunicação BOCA-A-BOCA. Esse será o nosso MSN principal, em apoio aos que tiverem telemóvel. Este MSN pode ser usado, tanto pelos que têm como os que não têm telemóvel”.

Da reunião para o trabalho

No seu discurso de encerramento, o líder do MDM disse que após os dois dias do Conselho Nacional, havia chegado o tempo de os militantes do partido partirem para os locais de trabalho com a confiança e esperança revigoradas, principalmente por saberem de que se impõem responsabilidades acrescidas a cada um dos membros. Segundo Simango, há que se compartilhar com os simpatizantes e público em geral, um programa eleitoral detalhado do partido, tendo em conta as eleições que se aproximam.

“Não esperemos por nenhuma fórmula mágica, nenhuma acção milagrosa para garantir o sucesso imediato e massivo do MDM. O que sabemos, da experiência passada e recente, é que as vitórias duradoiras se conquistam, dia após dia, com trabalho árduo, união, dedicação, imaginação, organização, criatividade e muita perseverança”, disse o líder.

Os pilares do trabalho

O MDM aprovou no encontro realizado na cidade Chimoio um manifesto eleitoral constituído por cinco pilares, nomeadamente desenvolvimento económico e criação de emprego; infra-estruturas; preservação da paz e a democracia e consolidar a coesão nacional; desenvolvimento do capital social e reforço da participação de Moçambique no contexto internacional.

 

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