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Dama do Bling: “Se não ganharmos é porque não votámos”

Dama do Bling: “Se não ganharmos é porque não votámos”

A recente aparição de Dama do Bling – num grande palco – ocorreu na gravação do DVD Jah Lite, de Ras Haitrm, em Agosto. Lá também esteve Neyma Alfredo que foi ‘forçada’ a cantar. Na plateia alguns membros da família Grah’Mah fi zeram a festa. Mas Bling continua exuberante em tudo. Presentemente, com a música ‘My Eish’, na categoria de melhor vídeo africano, concorre aos Channel O Music Awards. No entanto, a artista não mendiga o voto dos moçambicanos – apenas consciencializa-os para o facto de que do mesmo depende a vitória colectiva…

Não existem estatísticas sobre o assunto, mas, neste ano, até agora, depois do álbum Massone – de Carlos Gove – entre os concertos que se realizam no Centro Cultural Franco-Moçambicano, a nossa experiência impele-nos a escrever que o espectáculo para a gravação do DVD Jah Lite de Ras Haitrm & Word, Sound and Power foi o segundo mais acorrido – na plateia – pelos artistas. Da área musical, vimos, por exemplo, Neyma Alfredo, Azagaia e os Gran’Mah – e esses são uma família – mas havia outros e de outras áreas. Conversámos com Dama do Bling a quem , em jeito de início, colocámos a seguinte pergunta.

@Verdade: Como é que foi a sua experiência no espectáculo, tendo em conta a reacção do público?

Dama do Bling: Tive uma experiência muito boa, até porque já havia estado com Ras Haitrm em palco na gravação da minha música ‘Moza Girl’, em que ele participa. Foi no âmbito dessa proximidade que ele me formulou o convite de participar na gravação do seu vídeo no concerto. Penso que este evento configura um momento especial para Haitrm, como artista, muito em particular porque contribui para a internacionalização da sua carreira.

@Verdade: O estilo musical que Dama do Bling faz, o Ragger, aproxima-se muito do Reggae. Tomando em consideração que a sua participação nesse concerto é, em certo sentido, um convite que Haitrm lhe formula no sentido de explorar o Reggae, como é que recebe este chamamento?

Dama do Bling: É muito complicado porque, de facto, Ras Hitrm faz o Reggae, que é um estilo musical que se aproxima muito do Ragger – a música que faço. Embora também eu explore o Hip Hop e outros estilos. A nossa participação, como artistas convidados, acabou por ser influenciado pelo Reggae, sendo por isso que as músicas que apresentámos também tiveram estes traços. No estilo em que aposta, penso que cada artista consegue promover a sua carreira no mundo. As pessoas que irão ver o DVD vão perceber que a música feita pelos artistas convidados – Wazimbo, Dama do Bling, Valdimiro José e Azagaia – se encaixa no Reggae, apesar de não ser isso que eles cantam necessariamente.

@Verdade: Como é que está a ser a campanha para que se conquiste a vitória na categoria em que participa nos Channel O 2013?

Dama do Bling: É muito complicado porque a gente não sabe quem está a votar. A verdade é que nós fazemos as campanhas através da Rádio e da Televisão, incluindo as redes sociais. E aqui os jornalistas têm um papel importante na difusão da informação. No entanto, a decisão final depende muito do apoio dos moçambicanos. Se nós não ganharmos, mais uma vez, será porque não votámos. Então, em relação a isso precisamos de ter paciência – nada mais pode ser feito.

@Verdade: Que história particular há no vídeo ‘My Eish’ seleccionado para o certame?

Dama do Bling: O ‘My Eish’ é uma aventura que não tem muito de particular. Nós precisamos de fazer videoclipes que as pessoas não esperam, porque há muitos produtos bonitos no mercado. Todos os dias, vemos nos canais de televisão vídeos bem feitos que ostentam carros de luxo, dinheiro e mansões. Então precisamos de fazer algo diferente.

O ‘My Eish’ é essa tentativa em que procuramos exibir a diversidade das coisas e cenários que nos rodeiam, explorando, sobretudo, mais a nossa cultura que se está a difundir mais nas Américas e na Europa. Penso que terá sido por essas razões que o vídeo foi nomeado – pelo facto de a música confluir ritmos de músicas africanas, mas também porque o vídeo possui alguns aspectos particulares da vivência dos moçambicanos, como africanos.

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