A Confederação das Associações Económicas de Moçambique (CTA) acaba de ser admitido membro de pleno direito da Associação Internacional dos Empregadores (AIE), completando assim o ciclo de representação do país no âmbito do organismo das Nações Unidas especializado em matéria laboral e diálogo social, a OIT.
Com efeito, a Organização Internacional do Trabalho (OIT) acaba de aceitar a adesão da CTA na AIE, após verificar que esta agremiação empresarial e patronal moçambicana reúne condições para fazer parte daquela associação congénere e representativa mundial e, pelo facto de a CTA ter sido reconhecida pela OIT como uma das raras organizações empresariais mundiais que luta lado a lado com o Governo e outros parceiros na busca de soluções para os diversos problemas sócio-económicos e laborais do país, assim como por constituir um integrante activo no apreciado, internacionalmente, modelo de diálogo social em Moçambique.
A Ministra do Trabalho, Maria Helena Taipo, que transmitiu as excelentes referências da CTA na OIT e que esteve presente na 304ª Sessão do Conselho de Administração da OIT em que se aprovou a entrada da agremiação moçambicana na AIE, considerou o feito de uma honra não só para a CTA, como também para todo o país e para a SADC pois, Moçambique representa esta região no Conselho de Administração, como membro efectivo.
A CTA, cuja entrada lhe confere efeitos imediatos, será oficialmente apresentada numa cerimónia que terá lugar na sede da OIT em Genebra, em Junho próximo, durante a 98ª Conferência Internacional do Trabalho, que contará com a participação de mais de três mil delegados provenientes de cerca de 190 países membros da OIT.
A AIE é a maior agremiação de empregadores do mundo e, como ganhos concretos, a CTA, para além de fazer chegar a voz dos empregadores moçambicanos directamente aos fóruns de decisão mundial, passará a beneficiar de intercâmbios profissionais, capacitação empresarial, facilidades na busca de apoios ou financiamentos para o sector privado, incluindo beneficiação de bolsas de estudo angariadas pela AIE.
Moçambique, com esta honrosa entrada da CTA, completa a sua presença nos circuitos decisórios da OIT, com plenos direitos, depois de o mesmo ter acontecido em relação aos Sindicatos (OTM-CS e a CONSILMO), que já vêm exercendo e gozando dos mesmos há muito tempo, assim como do Governo que é membro titular, com assento activo, do Conselho de Administração, desde ano passado, constituindo assim a primeira vez na história que o país integra o quadro de decisões máximas da organização, desde que foi admitido como membro da OIT, em 1976. XG