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Crise na fronteira entre a Líbia e a Tunísia

O Alto Comissariado da ONU para os Refugiados (ACNUR ) disse esta terça-feira que há uma “crise” na fronteira entre a Líbia e a Tunísia, com dezenas de milhares de pessoas em fuga de confrontos entre o regime e os rebeldes líbios.

“As nossas equipas na fronteira entre a Líbia e a Tunísia explicaram-nos esta manhã que a situação atingiu o nível de uma crise”, disse numa conferência de imprensa em Genebra Melissa Fleming, porta-voz da agência dirigida por António Guterres.

Segundo Fleming, entre 70 e 75 mil pessoas abandonaram a Líbia pela fronteira com a Tunísia desde 20 fevereiro, em fuga de confrontos entre o regime de Muammar Kadhafi e rebeldes. Estrangeiros podem ser alvo de violência “Estamos à espera que hoje cheguem mais 10 a 15 mil”, acrescentou Fleming, notando que o número de pessoas (líbios e de outras nacionalidades) a atravessar a fronteira tem aumentado nos últimos dias.

Na terça-feira, António Guterres manifestara a sua preocupação com cidadãos estrangeiros ainda retidos na Líbia e que podem ser alvo de violência. Ao contrário dos cidadãos europeus ou de outras nações industrializadas, que têm sido retirados em operações realizadas pelos próprios países, há estrangeiros na Líbia que não podem esperar ajuda dos governos nacionais.

“Não há aviões nem barcos para retirar as pessoas vindas de países em guerra ou de nações muito pobres”, disse Guterres, citado pelo site do ACNUR. “Muitas destas pessoas sentem-se ameaçadas e vulneráveis, e não têm recursos”, acrescentou.

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