As crianças moçambicanas apelam à sociedade e aos signatários do Acordo Geral da Paz (AGP), em particular, a lutarem pela manutenção da paz em Moçambique através da “transformação de armas em enxadas” de modo a garantir a produção e a produtividade.
O apelo foi lançado esta sexta-feira (04), na praça da Paz, em Maputo, nas comemorações do 21ª aniversário da assinatura do acordo que pôs fim a 16 anos de guerra civil em Moçambique. Helieta Sitoe, que discursava em nome das crianças, disse perante a multidão e representantes de Governo presentes no local que os problemas que ameaçam a paz só serão resolvidos com o diálogo, pois este é o único caminho.
A representante dos “Continuadores de Moçambique” exortou os principais actores envolvido na discórdia política (o Governo/Frelimo e a Renamo) a sentarem-se à mesa e discutirem com vista a ultrapassar os problemas para que a paz se torne uma realidade no nosso país.
“E que não voltem a acontecer os ataques à população tal como aconteceu em Muxúnguè”, disse, acrescentando em seguida que “é muito doloroso para nós vivermos a saber que pode haver de novo um conflito armado o qual soubemos da sua existência através de historias que nos contam os mais velhos.”
A interveniente recordou que a criança tem direito à vida, à educação e protecção contra violência, sendo por isso necessário que se olhe para a situação da criança. “Resolvam os problemas de forma inteligente sem recorrer às armas. Vamos transformar a armas em enxadas para prosperamos, concluiu.