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Criança é mantida refém pelo quarto dia depois do tiroteio no Alabama

Um homem acusado de matar o motorista de um autocarro escolar e levar um menino como refém para um porão fortificado abastecido com alimentos e energia continua cercado pelo quarto dia, esta Sexta-feira (1), no Alabama, Estados Unidos.

As autoridades evitam comentar a situação na pequena localidade de Midland City, no canto sudeste do Alabama. Os agentes municipais, estaduais e federais estão acampados perto do refúgio do sequestrador desde Terça-feira, quando, segundo a polícia, um homem armado exigiu que um aluno descesse de um autocarro que transportava mais de 20 crianças da escola para suas casas.

O motorista do autocarro, Charles Albert Poland Jr., de 66 anos, recusou-se a liberar o menino e levou vários tiros. O assassino fugiu do local com a criança, que está na pré-escola, segundo a polícia. Esta Quinta-feira, o homem completou dois dias trancado com o menino na sua propriedade rural.

“Os negociadores ainda estão a comunicar-se com o suspeito”, disse o porta-voz do Departamento de Segurança Pública do Alabama, Robyn Bradley Litchfield.

O homicídio seguido de sequestro ocorreu num momento de acalorado debate no país sobre o controle das armas de fogo, especialmente nas escolas, depois que um jovem fortemente armado matou 20 crianças e 6 adultos em Dezembro numa escola primária de Connnecticut.

As autoridades não divulgaram oficialmente os nomes do suposto atirador nem da criança, que eles acreditam estar ilesa. Um parlamentar do Alabama, o deputado Steve Clouse, disse a jornalistas que o menino sofre da síndrome de Asperger e do deficit de atenção com hiperactividade, mas que pôde continuar a receber medicação durante o cativeiro.

Um funcionário da escola disse que o menino parece ter sido escolhido aleatoriamente, mas a polícia não confirmou se o suspeito e o refém se conhecem. Os vizinhos identificaram o homem como sendo Jimmy Lee Dykes, de 65 anos, e disseram que nos últimos dois anos ele foi visto a escavar o seu quintal e carregar uma espingarda.

Ronda Wilbur, que vive em frente ao suspeito, referiu-se a ele como um “homem mau” e queixou-se de que ele havia matado a golpes de cano o cachorro da família de Wilbur, indo depois gabar-se com o marido dela.

Dykes foi detido no mês passado por fazer ameaças a outro vizinho, segundo os registos judiciais, e deveria ser julgado, Quarta-feira. O vizinho, James Edward Davis, disse à CNN que o caso aconteceu a 10 de Dezembro, quando Dykes teria apontado uma arma para ele e sua filha pequena.

Davis disse que Dykes estava irritado por que achava que Davis havia entrado na sua propriedade. Dykes fez dois disparos, e Davis acelerou o carro, segundo o seu relato.

O pastor Michael Senn disse que Dykes aparentemente equipou o seu bunker com uma TV e mantimentos para duas ou três semanas.

“Estamos a encorajar a todos neste país a unirem-se e rezar pela segurança, protecção e rápida libertação dessa criança”, disse Senn.

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