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Criança de oitos anos enforca-se em Nampula

Uma criança de oito anos de idade, que em vida chamava-se Mustafá Hilário Rafael, suicidou-se, no passado sábado (20), no Posto Administrativo de Namina, distrito de Mecuburi, na província de Nampula, com recurso a atadores de sapatos.

O caso ocorreu na residência familiar do malogrado e chocou sobremaneira as autoridades comunitárias locais. Segundo a reconstituição das pessoas que acompanharam o suicídio, Mustafá Rafael consumou o acto por volta do meio-dia daquele sábado, momentos depois de ter regressado da Escola Primária de Namina, onde teria ido fazer uma prova semestral.

Os familiares contam que no mesmo sábado, à hora do almoço, o menor teria pedido aos seus irmãos que repartissem entre eles o seu prato de comida porque a partir daquele dia jamais o tornariam a ver.

“A advertência não comoveu a ninguém. As outras crianças continuaram a brincar até que instantes depois ouviram-se gritos de alerta de que o petiz se encontrava pendurado pelo pescoço, através de atadores de sapatos amarrados aos paus do tecto da cozinha”, disse Agostinho Leite, uma das pessoas que acorreram ao local para testemunhar o mau acontecimento.

A chefe do Posto Administrativo de Namina, Ana Sabonete, esteve no local do suicídio e disse que a investigação da Polícia de Investigação Criminal (PIC) e da equipa da Saúde descartam qualquer hipótese de envolvimento de uma outra pessoa no enforcamento. Entretanto, os líderes tradicionais daquele Posto convocaram um encontro para analisar o caso porque suspeitam que tenha relação com a superstição.

Durante a recolha de depoimentos no local, o @Verdade soube que na mesma família, um outro menor de cinco anos de idade perdeu a vida, no ano passado, por afogamento numa bacia com capacidade para 20 litros de água. Ele estava a brincar e os progenitores estavam na machamba.

“Sempre que se está na época da colheita e de escoamento da produção agrícola esta família regista casos assim. É possível que se trate de uma prática supersticiosa para obter benefícios na colheita e comercialização agrícola. Suspeitamos que a família Hilário Rafael esteja a fazer magia negra, mas vamos desmistificar este caso e traremos os seus resultados”, assegurou o régulo Canhaua.

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