A imigração disparou, na Alemanha, ano passado, atingindo o seu nível máximo nos últimos 16 anos, à medida que as pessoas dos países mais afectados pela crise, como Grécia e Espanha, mudam da periferia da Europa para o centro do poder económico, indicaram os dados divulgados, Quarta-feira.
As chegadas provenientes da Grécia quase dobraram com relação ao ano anterior, enquanto o país mediterrâneo mergulha num turbilhão político e económico.
O fim das restrições aos trabalhadores do leste europeu também contribuiu para o fluxo. Dados preliminares do Escritório Federal de Estatísticas indicaram que 958 mil pessoas mudaram-se para a Alemanha em 2011, enquanto 679 mil partiram, resultando na maior entrada líquida de pessoas desde 1996.
“A imigração aumentou especialmente vinda dos países mais atingidos pela crise, em especial Grécia e Espanha”, informou o órgão.
Cerca de 24 mil gregos mudaram-se para a Alemanha em 2011, um aumento de 90 por cento em relação a 2010; ao mesmo tempo 21 mil espanhóis chegaram, um incremento de 52 por cento.
Ainda assim, a principal força por trás do salto na imigração foi os países do leste europeu que entraram na União Europeia em 2004.
A fim de proteger o seu mercado de trabalho, Alemanha e Áustria impuseram uma isenção de sete anos nas regras da UE de livre movimento do trabalho para as pessoas dos países que foram comunistas, como Polónia, República Tcheca e Hungria. Isso terminou em Maio do ano passado.
Como resultado, aumentou a imigração vinda da Polónia, com 163 mil poloneses mudando-se para a Alemanha em 2011 – 49 mil a mais do que em 2010. Cerca de 41 mil húngaros foram para a Alemanha, ano passado, 12 mil a mais do que no ano anterior.