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Corrupção na gestão de fundos da Alemanha em Moçambique

Muitos casos de corrupção alegadamente praticados por funcionários do Governo moçambicano na gestão de fundos da Alemanha destinados à viabilização de programas de desenvolvimento socioeconómico do país têm sido resolvidos de “forma amigável”, segundo o embaixador daquele país europeu em Maputo, Philipp Schauer.

“Os casos de corrupção na gestão dos financiamentos do meu país (Alemanha) já estão ultrapassados através de discussões que temos tido regularmente com o Governo moçambicano de forma aberta e franca”, destacou Schauer, falando ao jornal Correio da manhã momentos depois da assinatura de contratos do projecto de financiamento daquela potência económica da Europa às micro, pequenas e médias empresas moçambicanas, num valor global de 18 milhões de euros.

Os dossiers foram formalmente rubricados por aquele diplomata alemão e pelo governador do Banco de Moçambique (BM), Ernesto Gove. Entretanto, Schauer declinou avançar mais pormenores sobre os casos concretos de corrupção, sublinhando que “agora estou muito contente porque o Governo moçambicano tomou medidas necessárias para responsabilizar os autores dos desvios, daí o meu país continuar a financiar anualmente com cerca de 60 milhões de euros o Orçamento do Estado e programas de desenvolvimento socioeconómico do país, com especial atenção para a Educação, pois queremos que as crianças moçambicanas aprendam a ler e a escrever muito bem”.

Refira-se, entretanto, que o financiamento dos 18 milhões de euros pela Alemanha ora destinado ao país está coberto com base no acordo de contribuição financeira rubricado em Outubro de 2012 pelo Governo de Moçambique e pelo banco alemão KfW, inserido no Programa de Desenvolvimento Económico Sustentável – Promoção do Sector Financeiro.

O Banco de Moçambique ficou responsável pela implementação de uma das suas componentes destinada ao financiamento da linha de crédito para apoio à promoção das micro, pequenas e médias empresas, de outra linha de crédito para investimento nas áreas de energias renováveis e da assistência técnica para garantir que a aplicação do montante alocado para aqueles projectos seja feita de forma apropriada e com retornos esperados.

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