Os controladores do tráfego aéreo nacional estão a trabalhar na criação de um sindicato nacional que se pretende independente e a altura de defender os seus interesses, tendo em consideração as especificidades da profissão e os interesses da classe.
Jacinto Mudaca, membro da comissão instaladora do futuro Sindicato Nacional dos Controladores de Tráfego Aéreo (SINCTAM), falando esta semana em Maputo, justificou os motivos que estão por detrás da criação deste sindicato indicando que se pretende encontrar um espaço que garanta dar solução as suas preocupações.“O que se pretendem não é dissociarem-se do Sindicato Nacional dos Trabalhadores de Aviação Civil, Correios e Comunicações (SINTAC) que opera na empresa, mas encontrar um espaço que garanta dar solução as suas preocupações”, disse.
Mudaca que falava num encontro que serviu para apresentação, discussão e aprovação dos Estatutos da nova organização sindical disse que o novo sindicato conta actualmente com 86 membros no activo e tantos outros na reforma.
Segundo a fonte, o SINCTAM vai defender entre outros interesses, os sócios, técnicos, celebrar acordos colectivos de trabalho e prestar assistência jurídica aos associados caso estejam em conflito.
A expectativa é que o sindicato entre em actividades no primeiro semestre do próximo ano (2011), para reforçar o papel desempenhado pelo SINTAC no qual os controladores se encontram filiados actualmente. “Não pretendemos distanciar-nos do sindicato da empresa mas dadas as especificidades do nosso trabalho queremos levar avante os interesses específicos da nossa classe.
Trata-se da concretização de um sonho de há vários anos”, explicou Mudaca. O representante do SINTAC, sindicato dos trabalhadores do ramo da aviação civil que opera na Empresa Aeroportos de Moçambique, Júlio Machavane, chamado a comentar sobre esta acção, disse que dadas as especificidades da sua profissão os controladores não se sentem bem representados em algumas matérias por isso optaram por criar o seu sindicato.
“Não é o facto de terem crescido demais ao ponto de não caberem no sindicato do ramo. Dizem que têm especificidades profissionais que exigem a criação de um sindicato específico” disse Mchavane, adiantando que, até agora, os controladores são membros do SINTAC.
Para o SINTAC, segundo Mchavane, o que se espera do novo sindicato é uma boa colaboração na procura de soluções para o alcance do único objectivo dos sindicatos de avançar na luta pela defesa e conquista do bem-estar social e económico dos trabalhadores.
O SINCTAM, na óptica dos proponentes, será um órgão independente com actuação de âmbito nacional e com sede em Maputo. “Na sua actuação vai pautar pelos princípios democráticos e de liberdade sindical”, apostam os proponentes.