A contribuição do sector do Comércio no Produto Interno Bruto (PIB) de Moçambique deverá ser de 8% em 2013, equivalente a um incremento de apenas 1% em relação aos níveis que aquele ramo produtivo vinha registando desde 2010.
Este crescimento deverá resultar do alargamento da rede comercial e dos serviços financeiros para zonas rurais moçambicanas, segundo Gabriel Muianga, director nacional do Comércio, salientando que o Comércio continua a ser uma das principais áreas de geração de emprego no país.
Entretanto, Muianga apontou o limitado desenvolvimento estrutural das micro, pequenas e médias empresas moçambicanas como constrangimentos que “reduzem a competitividade das exportações moçambicanas”, apontando também o fraco conhecimento, uso de embalagens e de normas e padrões internacionais de qualidade de produtos, para além da falta de registo de patentes como cenários que afectam negativamente a comercialização de produtos nacionais dentro e fora do país.
Entretanto, o Ministério da Indústria e Comércio acaba de elaborar uma estratégia de comercialização agrícola para o período de 2013 a 2020 que aposta na Agricultura por ser uma das principais fontes de rendimento das populações das zonas rurais.
A estratégia contempla ainda acções de pesquisa, sistematização e disponibilização de informação sobre os mercados nacional, regional e internacional, visando promover o comércio interno e exportações, segundo ainda Muianga, falando em entrevista ao Correio da manhã.
Refira-se que as anteriores estratégias de comercialização agrícola permitiram que a produção agrícola comercializada passasse de 505.536 toneladas de produtos diversos, em 2000, para 576.597 toneladas, em 2005, e de 684.364 toneladas, em 2006, para 1.113.573 toneladas em 2009.

