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Consórcio indiano oferece 5 biliões USD por acções na Bacia do Rovuma

As companhias indianas ONGC Videsh Ltd (OVL) e a Oil India Ltd (OIL) oferecem cinco biliões de dólares pelos 20 por cento do projecto de gás natural da bacia do Rovuma, norte de Moçambique, colocados em leilão no mês passado.

Trata-se de participações da companhia americana Anadarko e da indiana Videocon, que integram um consórcio que inclui a japonesa Mitsui com 20 por cento, a indiana BPCL Ventures (10 por cento), a tailandesa PTTEP (8,5), e Empresa Nacional de Hidrocarbonetos de Moçambique (15).

O consórcio é liderado pela Anadarko, com uma participação de 36,5 por cento. Com este leilão, as participações desta companhia americana vão baixar para 26,5 por cento, mas continuará a ser a maioritária, enquanto a indiana Videocon está a vender a totalidade das suas acções.

Segundo o jornal “Business Standard”, o consórcio indiano ofereceu até cinco biliões de dólares pelos 20 por cento da Anadarko e a Videocon (10 por cento de cada uma das empresas), cujo leilão encerrou no último Domingo. Uma fonte ligada ao negócio disse ao jornal que o vencedor do leilão deverá ser anunciado na primeira semana de Abril corrente.

“A OVL foi muito agressiva na sua aposta no leilão, comparativamente a outras gigantes internacionais do ramo, mas temos de esperar pelos resultado do leilão para sabermos o preço final”, disse uma fonte do banco encarregue de dirigir este leilão.

Este é um dos maiores negócios de venda de participações num bloco de gás natural em Moçambique. Aquando do lançamento do leilão, as duas companhias esperavam render mais de 4,5 biliões de dólares pelo negócio.

Logo no início acreditava-se que o processo haveria de atrair o interesse de grandes companhias mundiais, incluindo a Royal Dutch Shell, que no ano passado desistiu a compra de participações no mesmo bloco, na altura vendidas pela companhia britânica Cove Energy.

Essas acções acabaram sendo adquiridas pela companhia tailandesa PTT Exploration and Production. O Estado moçambicano será um dos maiores beneficiários deste negócio, através de impostos de mais-valia fixado em 32 por cento.

No ano passado, o Estado encaixou 175 milhões de dólares, correspondentes 12,8 por cento da mais-valia gerada com a venda de 8,5 por cento das acções da companhia britânica Cove Energy à tailandesa PTT Exploration and Production, num negócio de 1,9 biliões de dólares.

Caso seja efectivada a oferta dos cinco biliões da ONGC Videsh Ltd (OVL) e a Oil India Ltd (OIL) será reforçada a presença indiana neste consórcio que já conta com a participação da BPCL Ventures.

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