O presidente do Conselho Presidencial do Governo líbio de União Nacional, Fayez al-Sarraj, pediu o levantamento imediato do congelamento dos ativos líbios, para permitir ao Governo de União Nacional satisfazer as necessidades básicas da população.
Falando à margem duma reunião dos ministros dos Negócios Estrangeiros e da Defesa dos 28 países-membros da União Europeia (UE), Sarraj considerou “um absurdo” o sofrimento dos cidadãos que não conseguem ter pão e cobrir as suas despesas diárias, “como se fossemos um país pobre”.
Um comunicado divulgado quarta-feira pelo serviço de imprensa do presidente do Conselho Presidencial indica que “o crime organizado e a migração ilegal não podem ser ignorados, nem a envergadura do drama que provocam, depois que o Mediterrâneo se tornou numa vala comum para inocentes cuja última viagem “começa a partir das nossas costas”.
“Temos todos uma responsabilidade moral e devemos trabalhar num programa completo que resolva o problema nas suas raízes, desde a questão das fronteiras e dos países vizinhos e não visar apenas os navios ou reinstalar os migrantes”, sublinhou o presidente do Conselho Presidencial líbio.
Sarraj indicou que já começou a elaborar uma estratégia e um projeto nacional para pôr termo ao flagelo do terrorismo na Líbia, eliminado-o com esforços líbios. Ele congratulou-se pela ajuda da comunidade internacional, rejeitando as ingerências e a violação da soberania da Líbia.
“Não estamos isolados do mundo, mas a soberania da Líbia não pode ser objecto de concessões”, afirmou, acrescentando que a União Europeia era uma parceria chave para a Líbia.
“Fazemos face a desafios juntos, devemos contudo trabalhar juntos num quadro institucional baseado em acordos de parceria para encontrar soluções comuns”, considerou.
Ele reiterou que o Governo de Reconciliação Nacional é um Governo de todos os Líbios, dos que o apoiam e dos que a ele se opõem, explicando que ele está a trabalhar na aplicação do acordo político líbio e para restabelecer a segurança, a ordem, o direito e o respeito pelos direitos humanos.