Confrontos entre grupos rivais armados perto da capital líbia, Trípoli, deixaram ao menos 12 mortos e dez feridos, disse um médico neste domingo.
O país norte-africano está em crise, depois que os ex-rebeldes que ajudaram a derrubar Muamar Gaddafi durante uma revolta apoiada pela NATO, há três anos, passaram a apontar suas armas uns contra os outros, numa tentativa de dominar a política e ficar com parte das reservas de petróleo do país.
Uma aliança entre grupos armados, chamada Operação Amanhecer, principalmente da cidade de Misrata, tomou a capital Trípoli no mês passado, depois de expulsar um grupo rival de Zintan.
Trípoli tem estado, em grande parte, tranquila desde então, mas combatentes da Operação Amanhecer têm tentado capturar a região tribal de Warshefana, ao sudoeste da cidade, segundo moradores. Os warshefana são aliados das forças zintani.
Moradores relataram um forte bombardeio na cidade, no sábado, o que foi confirmado pelo embaixador britânico, Michael Aron. “A cidade estava tranquila. Famílias estavam passeando à beira-mar ontem à noite. Mas o bombardeio à Warshefana pôde ser ouvido claramente,” tuitou Aron durante uma visita a Trípoli, no sábado.
Um médico do hospital disse que cerca de 12 pessoas morreram e dez ficaram feridas durante um bombardeio às áreas residenciais de Warshefana. Ele também disse que tiros podiam ser ouvidos no domingo, embora não tão pesados quanto no dia anterior.