A Ucrânia afirmou que 13 soldados foram mortos, esta quinta-feira (22), num confronto de manhã com os separatistas pró-Rússia, aumentando os temores com a segurança às vésperas das eleições presidenciais de domingo consideradas cruciais para a frágil democracia.
O governo pró-Ocidente de Kiev disse que as suas forças ainda reagiram a uma tentativa dos separatistas de entrar no seu território pela Rússia e pediu uma sessão de emergência do Conselho de Segurança da Organização das Nações Unidas (ONU) para discutir o papel de Moscovo nos episódios de violência.
O governo espera que as eleições estabilizem a Ucrânia depois de os protestos generalizados terem derrubado o presidente Viktor Yanukovich, apoiado por Moscovo, em Fevereiro, mas os separatistas prometeram impedir a realização da votação nas cidades do leste nas quais assumiram o controle.
Os Estados Unidos e a União Europeia dizem que irão impor sanções à Rússia se o país tentar atrapalhar as eleições, vistas como a mais importantes da nação desde o fim do comunismo em 1991. Moscovo, que anexou a península da Crimeia em março, nega estar a armar ou treinar os rebeldes.
“O objectivo dos separatistas era atacar e tomar a cidade de Volnovakha. As nossas tropas a defenderam… mas infelizmente, sob fogo de morteiros e lançadores de granada e disparos intensos, os nossos meninos foram mortos”, disse o presidente interino, Oleksander Turchinov, segundo a agência de notícias russa Interfax.
Turchinov afirmou que 13 militares morreram. As autoridades da região de Donetsk, onde o ataque ocorreu, estimaram o número de mortos em 16, sem especificar se eram todos soldados ou se havia separatistas, e disseram que 32 pessoas ficaram feridas.