Combatentes islâmicos atacaram quartéis do Exército e da polícia na cidade tunisina de Ben Guerdan, perto da fronteira com a Líbia, nesta segunda-feira, e pelo menos 30 pessoas morreram no confronto, incluindo civis, disseram moradores e o Ministério do Interior.
As autoridades isolaram a cidade do litoral de Djerba, que fica nas proximidades e é um destino popular entre turistas locais e estrangeiros, e fecharam duas passagens de fronteira com a Líbia, relatou a agência estatal de notícias TAP.
Não ficou claro de imediato se os agressores cruzaram a divisa, mas o atentado desta segunda-feira foi o tipo de operação militante que o governo da Tunísia temia.
Túnis está em alerta para um possível desdobramento do conflito em solo líbio, onde militantes do Estado Islâmico vêm ampliando sua presença. A televisão local transmitiu imagens de soldados e policiais agachados em umbrais e telhados enquanto disparos ecoavam no centro da cidade. Corpos de militantes mortos jaziam nas ruas perto do quartel do Exército, disseram moradores.
“Vi muitos militantes ao amanhecer, estavam a correr com as suas Kalashnikovs”, contou Hussein, um morador, à Reuters por telefone. “Eles disseram ser do Estado Islâmico e vieram atacar o Exército e a polícia”.
Soldados mataram 21 militantes e prenderam outros seis depois de estes atacarem postos militares e policiais, informou o Ministério do Interior.
Fontes hospitalares disseram que pelo menos sete civis foram mortos, além de um soldado e um agente de alfândega. Embora a Tunísia seja considerada um modelo de transição democrática desde a revolta popular contra o presidente Zine El-Abidine Ben Ali em 2011, o país norte-africano também está mergulhado em uma luta com rebeldes islâmicos.