Para continuarmos  a fazer jornalismo independente dos políticos e da vontade dos anunciantes o @Verdade passou a ter um preço.

Conflito na Síria mantém 2,8 milhões de crianças fora da escola

O conflito de três anos e meio na Síria está a impedir 2,8 milhões de crianças de obter educação e destruiu ou danificou mais de 3.400 escolas, disse, esta quinta-feria (18), uma entidade humanitária internacional.

O número total de matrículas nas escolas da Síria caiu pela metade, quando correspondia a quase 100 por cento das crianças antes do início da crise, afirmou a entidade Save the Children, acrescentando que o país tem agora a segunda pior taxa de frequência escolar no mundo.

A organização afirma que a educação na Síria é agora “uma das metas mais letais” para crianças e professores, uma vez que as escolas são frequentemente atingidas por bombardeios e ataques aéreos.

Muitas escolas danificadas foram ocupadas para fins militares, acrescentou. “Não é nenhuma surpresa que, nessas condições, mais crianças sírias estejam a abandonar a escola a cada dia.

A comunidade internacional tem de intensificar a sua resposta para garantir que não seja perdida uma geração inteira de crianças”, disse o director regional da Save the Children, Roger Hearn, num comunicado.

O conflito, que começou como um movimento de protesto pacífico e transformou-se em guerra civil depois da repressão do governo, já matou mais de 190.000 pessoas. Cerca de 3 milhões de sírios deixaram o país como refugiados, sendo as crianças mais da metade deles, e mais de 3,5 milhões de pessoas tiveram de se deslocar para outras partes do país.

A Save the Children disse que metade das crianças pesquisadas no norte da Síria “raramente” ou “nunca” era capaz de se concentrar na aula. Num outro estudo realizado, os professores afirmaram que mais da metade das crianças assusta-se facilmente e 40 por cento delas estão frequentemente infelizes.

As crianças sírias que fugiram para outros países também estão a perder a educação. A estimativa é que uma em cada dez crianças refugiadas em toda a região esteja a trabalhar, segundo a entidade.

O estresse que a sua presença impôs nos recursos das escolas nos países de acolhimento tem levado a taxas “perturbadoras” de abuso, intimidação e maus-tratos físicos.

Facebook
Twitter
LinkedIn
Pinterest

Deixe um comentário

O seu endereço de email não será publicado. Campos obrigatórios marcados com *

Related Posts

error: Content is protected !!