Dezenas de milhares de membros das etnias rohingya (muçulmanos) e rakhine (budistas) precisam de água, comida e abrigo, esta Quinta-feira, no noroeste de Mianmar, depois de fugirem da pior onda de conflito religioso no país em vários anos.
Casas foram incendiadas, na noite de Quarta-feira, em duas aldeias próximas à fronteira com Bangladesh, mas não há relatos de novas mortes além das 29 registradas anteriormente desde o início dos confrontos no Estado de Rakhine, a 8 de Junho.
A situação começa a acalmar-se em várias cidades, inclusive em Sittwe, a capital estadual, depois de vários dias de incêndios criminosos e assassinatos, num dos maiores desafios ao presidente reformista Thein Sein desde a sua posse, ano passado.
Htein Lin, secretário do Ministério de Assuntos de Fronteira, disse que cerca de 2.500 casas foram incendiadas e mais de 30 mil pessoas estão desabrigadas.
O Exército levou centenas de rohingyas para aldeias muçulmanas nos arredores de Sittwe para preservar a sua integridade.
A Organização das Nações Unidas (ONU) e uma ONG médica decidiram, esta semana, retirar os seus funcionários da região. O enviado especial da ONU para a ex-Birmânia, Vijay Nambiar, viajou, Quarta-feira, à área.