O Concelho Municipal da Cidade de Maputo (CMCM) decidiu rescindir o contrato com a Britalar, empreiteiro responsável pela reabilitação da Avenida Julius Nyerere, por incumprimento dos prazos à conclusão da obra, inicialmente previstos para Outubro do ano transacto. As obras de reabilitação da via, no troço entre a Praça do Destacamento Feminino e a Praça dos Combatentes, estão avaliadas em cerca de 12.5 milhões de dólares americanos, pacote financiado conjuntamente pelo Banco Mundial e Concelho Municipal.
Segundo um comunicado de imprensa da edilidade, o município vai lançar um novo concurso no decurso do corrente mês, destinado a apurar o novo empreiteiro que vai efectuar as obras de conclusão do trabalho já iniciado, porém executado da pior maneira a avaliar pela enorme quantidade de buracos no asfalto mesmo antes da respectiva entrega.
“O Concelho Municipal de Maputo, na sua 36ª Sessão Ordinária, decidiu rescindir o contrato de empreitada para a reabilitação da Avenida Julius Nyerere na Secção entre a Praça do Destacamento Feminino e a Praça dos Combatentes por razões de incumprimento dos prazos de conclusão da obra e da qualidade da mesma em algumas secções da via”, refere a nota de imprensa a que a Agência de Informação de Moçambique teve acesso.
As obras, que além do atraso estavam enfermas de baixa qualidade, estavam sob a égide do Consórcio Aurélio Martins Sobreiro e Filhos/ Britalar Sociedade Construção S.A/ Construção Europa Ar-Lindo S.A.
Em Dezembro de 2013, a edilidade convidou a imprensa para ver a quantas andavam as obras, tendo, na ocasião, constatado que o prolongamento se encontrava esburacado, mesmo antes do fim da sua reabilitação. Na altura, o município, na voz do director municipal de infra-estruturas, Vidigal Rodrigues, disse que foram feitas colheitas de amostras para se fazer análises laboratoriais com vista a aferir as causas das anomalias que se acentuavam, em número e gravidade.
O empreiteiro disse, na altura, ter cumprido com o caderno de encargos e aguardava também pelos resultados dos exames. No entanto, em Abril de 2014 o município anunciou que o empreiteiro responsável pelas obras de reabilitação da Julius Nyerere removeria todo o asfalto e reiniciar o trabalho de raiz, devido à degradação precoce daquela via.
A decisão surgiu depois que se apurou que a degradação da via se deveu a fraca qualidade do material usado na base e no asfalto, segundo os resultados dos testes nas amostras recolhidas no terreno realizado por três laboratórios independentes, um português e dois nacionais.