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Comunidade responde à iniciativa ‘cólera zero’

Uma Associação composta marioritariamente por mulheres e denominada “Oreherya ikokhola, ovarelela ekumi” (cuidar do lixo é conservar a saúde) está, desde última sexta-feira, a implementar um projecto de recolha voluntária de lixo orgânico, na capital provincial de Nampula.

 

 

O projecto, cujo arranque teve lugar no Posto Administrativo Urbano de Muhala, tem por objectivo a promoção da saúde pública e a melhoria do meio ambiente.

Segundo Lucas Cambeza, director do Centro de Desenvolvimento Sustentável para as Zonas Urbanas, a acção enquadra-se no Programa-13, financiado pela Danida, Coperações Suiça e Austríaca,´e que integra 13 municipios do país, nomeadamente Nampula, Ilha de Moçambique, Nacala-Porto, Pemba, Mocimboa da Praia, Montepuez, Quelimane, Mocuba, Metangula, Cuamba, Beira, Dondo e Marromeu.

De acordo com a fonte, o CDSZonas Urbanas recebeu daqueles três organismos e de outros parceiros financeiros fundos com os quais adquiriu um tractor, atrelado e diverso equipamento, orçados em dois milhões, quatrocentos mil e vinte meticais, para a recolha de resíduos que, a partir do próximo ano, começam a entrar no mercado para efeitos de reciclagem.

Os 32 elementos que compõem a associação consideram que, além de alternativa para a redução de doenças epidémicas nas comunidades, aquela actividade constituirá mais uma fonte de geração de rendimento e de emprego.

Aliás, os promotores da iniciativa referem que a mesma é desenvolvida em cumprimento das orientações do Presidente da República, Armando Guebuza, segundo as quais os municípios devem declarar-se “livres de cólera” e outras enfermidades.

Vamo-nos empenhar arduamente na recolha e tratamento do lixo, que nos tira sono e causa intrigas e contradições nas nossas comunidades. Exorta a mensagem apresentada na ocasião.

Por seu turno, o Presidente do Município, Castro Armando Namuaca, mostrou-se esperançado em bons resultados e revelou que que a acção será expandida para todos os 18 bairros da cidade, à medida que lixo for invadindo as zonas residenciais.

E depois de afirmar que pretende que o município de Nampula venha a ser considerado modelo nos processo de saneamento e desenvolvimento, apelou para uma adequada conservação do equipamento, advertindo, a propósito que não queremos ouvir que o material foi desviado para outros fins ou alugado a terceiros.

Com cerca de 500 mil habittantes, a cidade de Nampula produz anualmente cerca de 20 mil metros cúbicos de lixo diverso.

E na tentativa de reduzir a sua proliferação, as autoridades locais haviam-se comprometido em 2009, no quadro do Programa-13, em serem pioneiras no concernente à participação comunitária na gestão ambiental.

Entretanto, Namuaca reconhece que os problemas ambientais renitentes na cidade derivam, sobretudo, do incumprimento de algumas normas de conduta por parte de determinados municipes.

Apesar da previsão de aquisição de alguns equipamentos, aquele dirigente afasta a possibilidade da concretização, a curto prazo, do plano de construção da propalada lixeira municipal, avaliada em oito milhões de dólares norte americanos, três dos quais destinados à abertura de um aterro sanitário, numa área de 400 hectares já identificada no bairro de Marrere.

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