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Comunidade moçambicana em Portugal assinala dia da paz

Um convívio, com comes e bebes e discursos, juntou este domingo, em Lisboa, a comunidade moçambicana na diáspora nas celebrações do 04 de Outubro, Dia da Paz e Reconciliação Nacional em Moçambique. Organizado pela Comunidade moçambicana em Portugal, com apoio da Embaixada de Moçambique neste pais europeu, para assinalar o 17º aniversário da assinatura do Acordo Geral de Paz (AGP), que ditou o fim do sangrento conflito armado de 16 anos no País, o evento decorreu na sede da Associação dos Deficientes das Forças Armadas (ADFA), nos arredores da capital portuguesa.

Depois de historiar sobre o processo de paz e reconciliação, o Embaixador de Moçambique em Portugal, Miguel Mkaima, reafirmou que os moçambicanos querem ver o seu pais a crescer economicamente e socialmente, combater a fome produzindo, cultivando e criando riqueza, usando correctamente os recursos naturais disponíveis para o desenvolvimento. Mkaima aproveitou a ocasião para deixar recados aos partidos políticos moçambicanos, sublinhando que a paz não coaduna com políticas opostas ao desenvolvimento.

“Os partidos políticos são chamados a desenvolver políticas que visem o desenvolvimento de Moçambique. Não ao contrário. São chamados a desenvolver políticas que consolidem a democracia em Moçambique. Não ao contrário”, enfatizou o diplomata, perante cerca de 100 pessoas presentes no acto.

Recordou aos presentes que a Embaixada de Moçambique em Portugal está profundamente empenhada em desenvolver e implementar políticas que visem o desenvolvimento do “nosso país”. A Embaixada de Moçambique (em Portugal) “está contra todas as acções que visem o desenvolvimento de politicas retrógradas ao desenvolvimento do País. Aí, nós nunca vamos colaborar, nunca”.

“Vamos colaborar, sim senhor, com aqueles moçambicanos dispostos em desenvolver acções que visem implementar políticas de desenvolvimento do nosso país”. Fora disso não contem connosco”, disse o embaixador Mkaima, aplaudido pelos presentes. Para Migual Mkaima, qualquer moçambicano, está livre, dentro das regras da legislação, e tem o direito de pensar e de se expressar sobre como Moçambique se deve desenvolver. A Embaixada de Moçambique “está aberta para qualquer expressão que vise propor formas de desenvolvimento honesto do nosso país”, avançou.

Este ano as celebrações do 04 de Outubro coincidiram com o período de campanha eleitoral com vista as quartas eleições presidenciais e legislativas e as primeiras das Assembleias Provinciais marcadas para o dia 28 de Outubro corrente. A Frelimo, no poder em Moçambique, tendo em conta a capacidade organizacional que tem vindo a demonstrar desde o início da campanha eleitoral no dia 13 de Setembro, particularmente no Círculo Eleitoral da Europa, aproveitou a ocasião para mais um dia de “caça” ao voto. A AIM, em Lisboa, apurou que os núcleos em Lisboa da Organização da Juventude Moçambicana (OJM) e da Organização da Mulher Moçambicana (OMM), demonstrando a sua capacidade de inserção, tudo fizeram para que o Partido levasse a cabo a sua campanha eleitoral.

Falando na ocasião, a deputada da Assembleia da República (AR), o parlamento moçambicano, Beatriz Ajuda, que é igualmente membro da brigada Central da Frelimo que veio trabalhar com os “camaradas” em Portugal na mobilização do eleitoral nesta parecela do mundo, sublinhou que “este é mais um dia de campanha eleitoral”. “Um dia tão importante para o povo moçambicano, porque só com o Acordo de Paz devolvemos a tranquilidade aos moçambicanos, o que permitiu o desenvolvimento em várias áreas económica e socio-cultural”, disse Beatriz Ajuda, em tom alto.

Ela recordou que a campanha eleitoral da Frelimo na diáspora tem em vista a eleição do “nosso” candidato presidencial, Armando Guebuza, e do candidato a deputado da AR pelo Círculo Eleitoral da Europa (Portugal e Alemanha) e Resto do Mundo, Rui Sixpence Conzane, a viver na Alemanha. Rui Conzane, que se encontra em Portugal desde este fim de semana, foi apresentado no convívio aos membros e simpatizantes da Frelimo em Lisboa, bem como aos restantes convidados ao evento. No Sábado, Conzane trabalhou com os “camaradas” na mobilização do eleitorado em Barcelos, uma cidade portuguesa no Distrito de Braga, região Norte e subregião do Cávado.

Depois de Lisboa, o candidato da Frelimo a deputado da AR desloca-se a Coimbra, cidade portuguesa, capital do Distrito de Coimbra, e principal cidade da região Centro de Portugal e situada na subregião do Baixo Mondego. Faro, no Sul, é outra região onde o candidato vai escalar. Numa breve conversa com a AIM sobre o trabalho das brigadas do partido na diáspora, Conzane manifestou a sua confiança na vitória da Frelimo e do seu candidato as presidenciais.

As brigadas do partido neste Círculo Eleitoral tem divulgado desde o inicio da campanha as diversas realizações do Governo, o manifesto para os próximos cinco anos e a “necessidade imperiosa de votar na Frelimo e no seu candidato, Armando Guebuza”, reafirmou a deputada. Num cántico eleitoralista improvisado, Beatriz Ajuda, muito activa, pós os presentes a entoar.

“Não há, não há, não há nenhum partido que pode vencer a Frelimo, não há”…! Ela exortou aos eleitores de Portugal para que no dia 28 de Outubro afluam em massa às urnas para votar na Frelimo e no seu candidato a Presidência da República, Armando Guebuza, que, segundo afirmou, são os únicos que vão garantir a estabilidade política, social e económica do país. “A Frelimo é que Fez, a Frelimo é Que Faz e a Frelimo quando promete cumpre”, repetiu ela o slongan partidário.

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