A Comunidade Moçambicana de Ajuda (CMA) celebrou, esta terça-feira (16), 15 anos de existência a trabalhar directamente nas comunidades, pelo que considera estar a contribuir para o desenvolvimento comunitário, económico e cultural dos jovens extra escolares, crianças órfãs e vulnerável, mães viúvas e solteiras.
A agremiação afirma que foram anos de luta para a inclusão social das comunidades e a empoderar e integrá-las nos assuntos transversais tais como boa governação, género, HIV?Sida e meio ambiente.A directora executiva da CMA, Maria Sibia, disse que a agremiação elevou as vidas das comunidades, através da introdução e implementação de acções nos sectores de agro-pecuária e meio ambiente, educação e formação profissional, saúde, género e desenvolvimento económico.
Na hora do balanço, a directora afirmou os resultados são satisfatórios na medida em que 175 famílias beneficiaram de apoio técnico na criação de animais de pequena espécie, construção de duas escolas nos distritos de Catembe e Namaacha, na província de Maputo.
Ademais, 1.700 crianças foram integradas, 350 jovens beneficiaram de formação técnica nas áreas de mecânica auto, electricidade, administração de recursos humanos, entre outros.
Trata-se actividades que trouxeram ganhos para as comunidades, segundo Maria Sibia, porque já há gestão racional dos recursos, da família, educação, saúde e preserva-se cada vez mais o meio ambiente através do plantio de árvores frutíferas.
As comunidades aprenderam ainda as técnicas melhoradas e sustentáveis para prática da agricultura, reflorestamento ambiental e conhecimento das políticas de uso e aproveitamento de terra, algo que em tempos era desconhecido.
O maior desafio da CMA, de acordo com a dirigente, é prestar apoios que sejam mais sustentáveis para as famílias abrangidas, criar projectos de geração de renda, uso sustentável do meio ambiente e dotar os camponeses de técnicas agrícolas que aumentem a produção e a produtividade.
A materialização desses planos depende, em parte, do envolvimento dos líderes comunitários, membros dos conselhos consultivos e da população. Devem participar activamente na tomada de decisões e no delineamento de estratégias que possam contribuir para o franco desenvolvimento das próprias comunidades, através da inclusão social.
Os projectos até então desenvolvidos, consumiram mais de 10 milhões de dólares norte-americanos, investidos nos distritos da Catembe, Namaacha e Manhiça, que beneficiaram mais de 1.500 famílias.