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Compensação às gasolineiras é irreversível

O Governo e as gasolineiras retomaram esta segunda-feira as negociações com vista a estabelecer as modalidades de compensação aos vendedores de combustíveis. Neste momento, as partes estão a negociar as modalidades de compensação as gasolineiras, negociações presididas pelo Ministro das Finanças, Manuel Chang.

As negociações foram interrompidas na última Quinta-feira de modo a dar tempo a todos os intervenientes para analisarem as propostas e contra-propostas postas na mesa. O Ministro da Energia, Salvador Namburete, assegurou, hoje, em Chidenguele, distrito de Mandlakaze, província meridional de Gaza, que a compensação às gasolineiras é irreversível para garantir total normalidade na distribuição de combustíveis no pais.

“Na última sessão das negociações, realizada na Quinta-feira, todos os intervenientes pediram tempo para se organizarem e para darem respostas as propostas e contra-propostas postas na mesa. As negociações retomam hoje e serão presididas pelo Ministro das Finanças”, disse. Namburete, que falava na abertura do V Conselho Coordenador do Ministério da Energia, não revelou datas possíveis para a conclusão das negociações, tendo apenas sublinhado que “o nosso desejo é que o assunto já estivesse a terminar”.

O governante declinou avançar detalhes, tendo prometido difundir, de forma alargada, os resultados das negociações. Namburete sublinhou, na altura, que não há ruptura de “stock” de combustíveis no país. As gasolineiras começaram a restringir o abastecimento de combustível há duas semanas em vários pontos do país, provocando receios dos automobilistas e não só em relação a uma possível escassez. Na cidade e província de Maputo, algumas gasolineiras chegaram mesmo a interromper por completo a actividade normal, alegando esgotamento de ‘stocks’.

Como consequência, os poucos postos de serviço de abastecimento que ainda vendiam o combustível se depararam com longas filas de viaturas que procuravam aquele produto. Porém, nos últimos três dias, a situação tende a normalizar-se, pelo menos ao nível da cidade de Maputo, onde um número considerável de estações de serviço reatou a venda dos combustíveis. A situação melhorou, sobretudo, depois da empresa Petróleos de Moçambique (PETROMOC) ter publicado um comunicado de imprensa a anunciar a distribuição normal de combustíveis no país.

Aliás, mesmo durante a semana em que a crise parecia grave, a IMOPETRO – Importadora Moçambicana de Petróleos, sempre garantiu que existe no país disponibilidade de combustíveis em quantidade suficiente para satisfazer o mercado. Esta posição foi sendo partilhada pelo Ministro da Energia, para quem a aparente crise que se vive nas gasolineiras deriva de posições tomadas unilateralmente pelos próprios operadores do sector. Mas, mesmo assim, o Governo sempre vincou que continuará a privilegiar o diálogo com as gasolineiras, com vista a solucionar as actuais divergências que existem à volta dos preços praticados na comercialização dos combustíveis líquidos no país.

As gasolineiras dizem que estão a acumular prejuízos na sequencia do agravamento do preço do petróleo no mercado internacional, cujo barril actualmente esta cotado em cerca de 70 dólares norte-americanos. O último reajustamento do preço dos combustíveis no pais ocorreu em Marco do corrente ano, fixando o custo do litro de gasolina e gasóleo em cerca de 23,00 Meticais.

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