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Companhia chinesa investe 230 milhões de dólares em Maputo

O Conselho Municipal da Cidade de Maputo e a companhia chinesa Tong Jian Investment Co. Ltd, com sede em Xangai, assinaram, Terça-feira, em Maputo, um Memorando de Entendimento para a construção de um hotel cinco estrelas no bairro da Costa do Sol e de um mercado para a venda de material de construção, perfazendo 230 milhões de dólares.

 

 

Deste montante, 150 milhões de dólares serão investidos na construção do hotel com capacidade para cerca de 200 quartos, que deverá ocupar uma área de 10 hectares, sendo o valor remanescente para a edificação do mercado de material de construção.

Assinaram o Memorando o presidente do Município de Maputo, David Simango, e Cao Hongru, em representação da companhia chinesa.

Falando minutos após o termino da cerimónia, Simango explicou que a assinatura do presente Memorando surge na sequência de um outro acordo assinado em Agosto, com a Tong Jian Investment Co. Ltd, em Maputo.

“O mais importante a tornar público e’ que esse hotel será um investimento chinês, mas com uma participação do Conselho Municipal”, disse Simango.

A semelhança do hotel, o Município de Maputo também terá acções do mercado para a venda de materiais de construção. Sobre a participação do Município em ambos os empreendimentos, o edil de Maputo explicou que “nós entramos porque disponibilizamos a terra e transformamos a nossa participação em acções no negócio”.

Simango também abordou um outro projecto e que foi amplamente divulgado em Maputo, referente ao desenvolvimento do distrito da Katembe, do outro lado da Baía de Maputo.

“Há um terceiro projecto e que precisa de ser refinado e que ainda não foi assinado que e’ o desenvolvimento da Katembe, que implica elaborar um plano para o desenvolvimento da Katembe”, disse Simango.

Na altura foi anunciado que seria construída uma cidadela chinesa. Contudo, disse Simango, “discutimos e aperfeiçoamos e dissemos que não pode ser uma cidadela chinesa tem que ser uma cidadela internacional” “Acordamos que deve ser uma cidadela internacional, porque não queremos ter uma ‘ilha’ só para residentes chineses”, acrescentou.

Este projecto também deveria ter sido assinado hoje, não tendo acontecido devido a questões associadas com a construção de infra-estruturas básicas. O projecto já está concluído, faltando apenas limar algumas arestas.

Questionado pela AIM sobre o acesso ao novo hotel na Costa do Sol, face ao elevado tráfico de viaturas que se regista aos fins-de-semana, Simango reconheceu o problema, afirmando que e’ uma preocupação do governo e de outros investidores.

“Estamos a estudar com o município. Existe uma outra via para além da marginal, que parte da zona do Clube do Golfe vai até a zona Dona Alice”, disse Simango, que descarta a hipótese de se usar a Avenida Julius Nyerere como alternativa devido a distância a percorrer.

Por isso, o edil disse que o Município que dirige está a estudar uma outra via, e os investidores também estão interessados em ajudar na busca de uma solução.

“Portanto, não estamos a resumir a questão da via alternativa a este projecto em concreto, há vários outros projectos que estão a ser desenvolvidos na zona da marginal”, disse.

Sobre a implementação do projecto do hotel, Simango disse que o mesmo deverá acontecer dentro dos próximos seis a oito meses, segundo os termos do acordo.

“Se isso não acontecer o acordo deixa de ter validade, quer dizer o espaço concedido ao hotel pode ser atribuído a uma outra entidade. No máximo dentro dos próximos seis a oito meses tem que haver desenvolvimentos. Estes desenvolvimentos podem ser reassentar algumas famílias, construção de novas casas isso e’ que vai mostrar o empenho do investidor”, explicou.

Por seu turno, Cao Hongru, chefe da delegação chinesa, disse que a sua companhia vai fazer o seu melhor para a construção da cidade de Maputo, e que o acordo hoje assinado marca o início dos trabalhos da sua empresa na capital moçambicana.

No seu breve discurso, Cao Hongru acrescentou ainda que “acolhemos com agrado os funcionários e todos os membros do município de Maputo que queiram fazer o trabalho de supervisão do nosso projecto”.

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