A comercialização informal do milho produzido em Moçambique no Malawi tem vindo a decrescer significativamente nos últimos anos (de 71 218 ton., entre 2005/2006, para 60 399, na época 2009/ 2010), presumivelmente, devido aos baixos preços impostos pelos compradores malawianos aos agricultores moçambicanos.
De acordo com dados recolhidos e analisados pelo Ministério da Agricultura (MINAG), a imposição de preços desfavoráveis aos produtores concorre decisivamente para “desencorajar o comércio informal na fronteira entre os dois países”.Estes dados estão contidos num documento daquele pelouro governamental intitulado Comércio Transfronteiriço de Milho na Comunidade de Desenvolvimento da África Austral (SADC), a que o Correio da manhã teve acesso.
Contudo, o MINAG reconhece que o comércio informal transfronteiriço de bens alimentares entre aqueles dois países desempenha um papel “crucial” para minimizar o impacto da insegurança alimentar que abala a região Austral de África.
O milho, refira-se, é o cereal mais vendido informalmente na África Austral, seguido de arroz e feijão, de acordo igualmente com aquele estudo, elaborado com apoio do Programa Mundial para Alimentação (PMA) e Famine Early Warning Sistems (Fews Net), organismo norteamericano de apoio a programas de combate à insegurança alimentar nos países em vias de desenvolvimento.