O exercício do comércio infornal de divisas está a preocupar a Confederação das Associações Económicas de Moçambique (CTA) por o fenómeno não permitir a captação de receitas para os cofres do Estado.
“Aliás, a preocupação é também extensiva ao facto de maior parte da actividade produtiva em Moçambique estar a ser exercida informalmente”, avançou Luís Magaço, responsável pelo pelouro da Política Financeira da CTA, quando convidado, esta segunda-feira, pelo Correio da manhã a reagir à posição do Banco de Moçambique (BM) segundo a qual o combate contra a compra e venda informal de divisas tem de envolver a Autoridade Fiscal do país e não ser feita apenas pelo banco central.
“Esse combate está a atrasar e isso preocupanos muito, porque o Estado está a perder muito dinheiro não apenas nesta área, mas em toda a actividade produtiva moçambicana que está a ser exercida informalmente, pois a situação está generalizada”, disse Magaço.
Ele indicou que o combate contra o exercício da actividade produtiva informal deve envolver todas as instituições relevantes do Governo e ser acompanhado de um trabalho aturado de sensibilização do cidadão para passar a ter gosto pelo pagamento de impostos.
A posição do BM quanto ao combate contra a venda e compra informal de divisas foi manifestada pelo administrador Waldemar de Sousa quando respondia a uma pergunta de um agente económico sobre o que o banco central estava a fazer para desincentivar aquela prática.
A pergunta foi feita durante um seminário de explicação da Lei Cambial e respectivo Regulamento a entrar em vigor a 11 de Julho de 2011 no país.