Combates entre rebeldes xiitas houthis e sunitas salafitas no norte do Iémen mataram mais de 120 pessoas e uma autoridade do governo encarregada de fazer cumprir um cessar-fogo acusou os houthis de quebrar a trégua, disse um jornal, este domingo (1).
A última rodada de combates entre os houthis e salafistas somou-se aos desafios enfrentados pelo Iémen, aliado dos Estados Unidos, que já lida com um movimento separatista do sul e uma insurgência de militantes islâmicos ligados à Al Qaeda.
Amin al-Hemyari, chefe dos observadores do governo que monitoram um cessar-fogo alcançado no mês passado, disse que o número de mortos entre os salafistas na cidade de Damaj subiu para mais de 120, com dezenas de feridos, segundo o jornal governista al-Thawra.
Ele disse que não há número de vítimas entre os houthis disponível. Os confrontos começaram depois de os rebeldes houthi, que controlam a maior parte província de Saada, Terem acusado os salafistas de agregar milhares de combatentes, incluindo estrangeiros, numa escola religiosa em Damaj com o objectivo de atacá-los.
Os salafistas dizem que os estrangeiros são estudantes religiosos que viajaram para estudar teologia islâmica na academia Dar al-Hadith, fundada na década de 1980.
O jornal Al-Thawra também citou o chefe de uma comissão presidencial encarregada de acabar com a luta, dizendo que os combatentes houthis capturaram dois soldados do governo que monitoravam a trégua no sábado, sob a acusação de entregar armas e munição para os salafistas.