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Combate a pirataria: Moçambique trabalha com países da região

Moçambique está a trabalhar de forma coordenada com países com quem partilha as suas águas marítimas no combate aos piratas somalis ao longo do Canal de Moçambique.

De acordo com o Chefe de Estado Maior-General, Paulino Macaringue, Moçambique está a trabalhar com a África do Sul, Madagáscar e a Tanzânia, por se tratar de um fenómeno transnacional. “A pirataria é um fenómeno transnacional e exige estreita colaboração com todos os países que partilham as águas do Canal de Moçambique” frisou.

Macaringue disse que todos esforços são no sentido de estabelecer medidas para evitar novos ataques de piratas somalis nas águas moçambicanas.

Questionado sobre a disponibilidade de meios para patrulhar as águas moçambicanas, Macaringue disse que os mesmos existem, embora aquém de satisfazer as necessidades do país. “Os meios existentes, mas não são suficientes. O que temos que fazer é maximizar a utilização dos meios e aumentar o seu número” disse.

Actualmente, Moçambique está a patrulhar as suas águas territoriais com recurso ao navio “Kuswag I” financiado pela Noruega. O mesmo destina-se a fiscalização da pesca ilegal na costa moçambicana. Enquanto isso, a vizinha África do Sul destacou uma fragata para patrulhar o Canal de Moçambique, entre o Madagáscar e a Costa Oriental de África, uma região que nos últimos meses tem sido alvo de ataques perpetrado por piratas somalis.

Apesar de estarem a trabalhar em coordenação com a vizinha Africa do Sul, as autoridades moçambicanas, quer através do Ministro das Pescas, Victor Borges ou do Chefe de Estado-Maior General, não confirmam a presença da referida fragata.

A acção dos piratas somalis no Canal de Moçambique já resultou no sequestro de pelo menos duas embarcações, nomeadamente: o “Veja 5”, propriedade da empresa Efripel Lda e que estava a ser operada pela Pescamar Lda, e o navio “MV PANAMÁ” de uma companhia sedeada nos Estados Unidos da América.

O sequestro do “Veja 5” ocorreu nas proximidades do Arquipélago de Bazaruto, ao largo da costa da província meridional de Inhambane. Por outro lado, o rapto do “MV PANAMÁ” ocorreu ao largo da costa tanzaniana junto a fronteira com Moçambique, quando este seguia com destino ao Porto da Beira, na província central de Sofala, depois de zarpar do porto de Dar-es-Salaam.

Também foram reportados vários outros casos de tentativa de sequestro de embarcações, mas que fracassaram graças a intervenção dos tripulantes. Actualmente, os piratas Somalis estão na posse de 31 embarcações, e 713 tripulantes de várias nacionalidades, na sequência do rapto de mais quatro embarcações no corrente ano.

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