Quarenta e nove pessoas morreram no centro e norte de Moçambique devido ao surto de cólera nas províncias afetadas pelas cheias e 6.205 casos da epidemia foram confirmados, afirmou nesta segunda-feira(16) Benigna Matsinhe, directora-adjunta de Saúde Pública.
“Os casos tendem a diminuir. Desde que eclodiu a doença em Dezembro, registámos 49 mortes e um total de 6.205 casos nas províncias de Nampula, Tete [província mais afectada, onde 22 pessoas morreram], Sofala e Zambézia”, disse Benigna Matsinhe.
Além da época do verão, propícia à ocorrência de doenças, as autoridades moçambicanas apontam a falta de higiene pessoal e coletiva e o deficiente saneamento público como os principais factores do alastramento da epidemia em Moçambique.
“Nós estamos a desencadear uma série de actividades de combate à epidemia, mesmo nas províncias que não foram afectadas. Estamos a distribuir cloro para purificar a água das populações, ao mesmo tempo que decorrem campanhas de sensibilização para atenção com a higiene”, afirmou a directora.
Enquanto as províncias do centro e norte do país combatem o surto da cólera, a malaria é uma outra doença que preocupa as autoridades sanitárias moçambicanas, num momento em que mais de 900 mil casos foram registados durante os primeiros meses deste ano. “Em relação a igual período do ano passado, nós registámos uma melhoria”, declarou Benigna Matsinhe, referindo-se a um milhão de casos e 448 mortes no primeiro trimestre de 2014 contra 273 este ano.