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Clima: fracasso em Copenhague custará US$ 500 bilhões por ano

Um fracasso da Conferência sobre o Clima de Copenhague, que começou na segunda-feira, custará 500 bilhões de dólares anuais à economia mundial, afirmou esta terça o diretor-geral da Agência Internacional de Energia (AIE), Nobuo Tanaka, destacando o papel das cidades para reduzir as emissões de CO2. “Se não forem tomadas medidas imediatas para reduzir as emissões de CO2, serão necessários 500 bilhões de dólares em investimentos extras para recuperar o atraso” e impedir que a temperatura do planeta aumente em mais de dois graus centígrados, declarou Tanaka.

Segundo Tanaka, a AIE não espera que um tratado internacional obrigatório saia de Copenhague. “É impossível”, afirmou. Por outro lado, a cúpula pode terminar com o anúncio de “um compromisso muito forte” por parte da comunidade internacional a favor da redução das emissões de CO2 (dióxido de carbono), indicou.

“É o que esperamos. Devemos enviar uma mensagem muito forte aos investidores sobre o meio ambiente que Copenhague está criando. Sem uma mensagem clara, será muito difícil que o setor privado se comprometa com investimentos”, estimou o diretor-geral da AIE, que representa os interesses dos países consumidores. Nesta terça-feira, a AIE divulgou um relatório apontando que as cidades responsáveis por 70% das emissões de CO2 no mundo devem liderar o combate ao aquecimento global.

“As autoridades locais têm um importante potencial para reduzir as emissões de gases causadores do efeito estufa e incentivar a adoção de energias renováveis”, defendeu Tanaka. Segundo a AIE, as cidades têm uma margem de manobra significativa, já que produzem a maior parte do CO2 emitido no mundo. Em 2030, as emissões urbanas representarão 76% do total mundial, contra 71% em 2006, alertou a AIE.

De acordo com o organismo, a população local é mais aberta a aceitar o esforço das prefeituras e instâncias municipais para diminuir as emissões de dióxido de carbono, pois sentem o impacto da poluição e suas consequências. “As cidades que avançaram de forma dinâmica para promover as energias renováveis obtiveram resultados estimulantes”, ressaltou Tanaka.

Entre as 12 cidades cujos governos locais foram mais longe que os nacionais na luta cotra as mudanças climáticas, a AIE citou a ilha de El Hierro, nas Ilhas Canárias, como exemplo.

Os 10.000 habitantes da ilha dependem exclusivamente da energia renovável – no caso, eólica – para o consumo de eletricidade. Bombas alimentadas por energia eólica levam depósitos de água que fornecem eletricidade hidráulica em períodos de consumo elevado.

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