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Circulação do Batelão entre Quelimane e Inhassunge aumenta criminalidade

Se em Inhassunge os homicídios voluntários é que estão na mó de cima, em Quelimane, a coisa é bem diferente. As catanas e armas de fogo não deixam os munícipes sossegados. Há registo de casos quase todos dias de pessoas que são vítimas de catanas, só por causa de um telefone celular, por vezes dinheiro ou outros objectos. Os munícipes de Quelimane, sabem que não podem circular por algumas zonas depois das 18horas.

Quem arrisca e fazê-lo, também arrisca a sua vida. Mas meia volta, quando se questiona a Polícia da República de Moçambique, a resposta é aquela de sempre “estamos a trabalhar e os casos não são ameaçadores”-fim de citação. Já no distrito de Inhassunge, a sul da província da Zambézia, os malfeitores fazem das suas. E os casos mais gritantes de criminalidade, são os de homicídios voluntários qualificados.

Embora sem dados comparativos, os membros da Comissão da legalidade, Ordem e Segurança Pública, na Assembleia Provincial da Zambézia, constataram que nos últimos tempos, os casos de criminalidade tem vindo a aumentar no distrito de Inhassunge. Os casos mais relevantes que o Comando Distrital da Polícia da República de Moçambique, naquela região registou, são de homicídio voluntario qualificado e roubo em residências de particulares e nas pequenas lojas de comércio.

No mesmo relatório da Comissão de Legalidade, Ordem e Segurança Pública, pode-se ver que com a introdução do batelão marítimo que faz a travessia entre a cidade de Quelimane ao distrito de Inhassunge, isto no ano passado, a criminalidade tem vindo a aumentar. Isto porque segundo ainda o mesmo documento, muitos malfeitores atravessam para Inhassunge saindo de Quelimane. Sabido que aquele distrito por natureza é calmo, os amigos do alheio usam o batelão como um meio para lograrem os seus intentos e prejudicarem os citadinos daquele distrito.

Como exemplo, os membros da APZ constataram que foram roubados dois computadores na Administração Distrital, desde que o batelão começou a operar naquela rota. Um outro ponto constatado e que está plasmado no relatório da referida comissão que trabalhou em Inhassunge, tem a ver com a insuficiência de meios circulantes no comando distrital. Isto leva com que os agentes da PRM naquele comando distrital não efectuem com sucesso as suas patrulhas, visto que o distrito é grande.

Recorde-se que a província da Zambézia tem vindo a ser assolada por uma onda de criminalidade, embora as autoridades policiais estejam a minimizar. No terreno, neste caso, nos bairros, a situação é gritante. Há relatos de roubo quase todos dias, perante um olhar impávido da polícia que quando por vezes é chamada a intervir, nem sequer se faz presente.

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