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Cinco mortos em ataques terroristas com bomba na Turquia

Quatro soldados e uma adolescente morreram na terça-feira perto de Istambul em um ataque com bomba contra um veículo que transportava militares, segundo as autoridades, pouco depois que os rebeldes curdos ameaçaram atacar as grandes cidades turcas. Um grupo armado curdo, os Falcões da Libertação do Curdistão (TAK), reivindicou no seu site o atentado.

“Trata-se de um ataque totalmente planejado contra um veículo militar”, indicou esta organização, que assegura ter a intenção de multiplicar seus ataques contra o Estado turco. Os dois militares e uma menor de 17 anos, filha de um militar, morreram instantaneamente pela violenta explosão ocorrida em Halkali, um subúrbio popular na margem europeia da metrópole, perto de moradias de militares, declarou o governador de Istambul, Huseyin Avni Mutlu.

Outros dois soldados, gravemente feridos no atentado, morreram depois no hospital, informou a agência Anatólia, citando fontes militares. O governador aludiu a um ataque terrorista contra o veículo que transportava militares para seu trabalho, acusando, sem dar nome, o PKK, organização considerada terrorista pela Turquia e inúmeros outros países.

Ante os deputados de sua formação, o governista Partido da Justiça e Desenvolvimento, em Ancara, o primeiro-ministro turco Recep Tayyip Erdogan atribuiu o atentado à “organização terrorista”, denominação oficial do PKK. O artefato explosivo, uma bomba de fragmentação, estava escondida na calçada e foi acionada por controle remoto, acrescentou Mutlu.

 Esta técnica é geralmente utilizada pelo PKK no sudeste de Anatólia, cenário de combates entre os rebeldes curdos e as forças de Ancara. Os TAK, por sua vez, reivindicaram até agora vários atentados, particularmente em Istambul. As autoridades turcas afirmam que esta organização é uma mera fechada para a rebelião armado do Partido dos Trabalhadores do Curdistão (PKK) para cometer atentados que possam gerar desaprovação popular, especialmente quando morrem civis.

Já o PKK diz que os TAK estão integrados por elementos que abandonaram suas fileiras. Durante o fim de semana, através de um de seus porta-vozes, o PKK ameaçou lançar ataques em todas as cidades da Turquia. Nos últimos meses, o movimento multiplicou os ataques contra as forças de segurança no sudeste do país. Em 8 de junho passado, quinze pessoas ficaram feridas na explosão de uma bomba colocada na calçada em outro distrito popular de Istambul, quando passava um carro da polícia.

Desde 1984, o PKK desenvolve uma luta separatista contra as forças turcas no sudeste, zona curda, e também nas grandes cidades e estações balneárias do oeste do país. Em julho de 2005, dois turistas europeias morreram em um atentado com bomba atribuído ao PKK em Kusadasi, estação de veraneio no Mar Egeu (oeste). O PKK realizou durante o fim de semana passado uma série de ataques que deixou 12 soldados mortos no sudeste do país. Na segunda, os rebeldes metralharam um posto da polícia, matando um militar e ferindo outro em Silvan, na província de Diyarbakir (sudeste).

A aviação turca respondeu no sábado, realizando um ataque contra as bases de retaguarda do PKK, no norte do Iraque. Na madrugada de domingo, o exército turco também realizou uma incursão terrestre de 10 km no território do Iraque e matou quatro pessoas, segundo as autoridades iraquianas. Esta incursão, a segunda em cinco dias, não foi confirmada pelo exército turco.

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