A cimenteira portuguesa, Cimpor, anunciou, há dias, em Lisboa, que vai retomar os investimentos voltados ao reforço da capacidade de produção da fábrica de cimento do Dondo, na província de Sofala, região centro de Moçambique.
Desde algum tempo que a Cimpor vêem planeando realizar investimento na ordem dos 120 milhões de euros destinados a reforçar a capacidade de produção de cimento na unidade do Dondo, a trinta quilómetros da cidade da Beira.
Entretanto, esse projecto acabou enfrentando um período estacionário devido a crise económica internacional – segundo justificação dada pelos gestores da cimenteira portuguesa que opera em Moçambique as tres principais fábricas de cimento, nomeadamente Matola (sul), Dondo (centro) e Nampula (norte).
O anúncio de que a empresa portuguesa vai retomar os seus projetos voltados ao reforço de produção na unidade de Dondo, que só deverão refletir- se a partir de 2012, inclui outras duas fábricas que a Cimpor opera em Marrocos e no Brasil.
Segundo o Diário Económico português, Moçambique e Brasil fazem parte de duas áreas estratégicas definidas pela administração da Cimpor para reforçar o crescimento do grupo a médio-prazo.
Em Moçambique, especialmente na zona centro onde a distribuição é assegurada pela fábrica do Dondo, nos últimos anos tem se registado escassez de cimento, situação que acaba gerando aumentos especulativos de preço de venda no mercado.
O Governo reconhece essa situação, aliás na última sessão do Conselho de Ministros, realizada no passado dia 8 de Março, terça-feira, essa matéria foi novamente apreciada pelo executivo.
Ao nível de Sofala, mais concretamento na região do Dondo onde o governo projecta construir o futuro parque industrial da província, existem propostas de projectos de instalação de uniddades voltadas a produção cimenteira, submetidos para apreciação do governo por investidores maioritariamente estrangeiros.
Essa tendência de alguma forma coloca pressão a cimenteira portuguesa Cimpor para realizar investimentos a curto e médio prazos na fábrica do Dondo, que actualmente opera apenas uma moagem.