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Cimeira inicia com apelos para uma SADC com visão futura

A Cimeira Extraordinária dos Chefes de Estado e de Governo da Comunidade para o Desenvolvimento da Africa Austral arrancou a meio da manha de hoje, em Mbabane, na Swazilandia, com o Rei Msati III, o anfitrião, a afirmar que os lideres desta região tem o desafio de avaliar e decidir sobre os acontecimentos do presente, mas também tem de dar importância a uma visão futurista.

“Como lideres da SADC, temos o desafio de avaliar e decidir sobre os acontecimentos actuais, mas também temos de ter uma visão futura capaz de garantir o sucesso da região e, principalmente, o bem estar das populações”, disse Mswati.

Ele falava no Palácio Real de Luzitha, em Mbabane, Swazilandia, na abertura da Cimeira Extraordinária da SADC, que devera terminar com a tomada de importantes decisões sobre o Zimbabwe e Madagascar.

Ele reconheceu que a actual dinâmica regional mostra que nem tudo vai bem, principalmente no cumprimento dos protocolos acordados por esta organização regional. A prevalência de um poder inconstitucional no Madagáscar vai, segundo o Rei, contra os princípios básicos e protocolos da região. “É um caso inaceitável”, disse Mswati, cujo seu pais assume a presidência do Órgão da SADC para assuntos políticos, defesa e segurança, coadjuvado por Moçambique.

O Presidente deposto Mark Ravalomanana juntou-se aos demais participantes do encontro, cerca de duas horas depois do inicio oficial da Cimeira. Espera-se que Ravalomanana preste algumas informações que facilitarão a tomada de uma medida conjunta contra o poder ilegalmente imposto naquele pais.

Após meses de manifestações populares instigadas pelo então edil de Antananarivo, a capital de Madagáscar, Ravalomanana decidiu entregar o poder aos militares que, por sua vez, o confiaram a Andry Rajoelina, um jovem de 34 anos de idade.

A SADC decidiu suspender Madagáscar desta organização regional e não reconhecer o Governo inconstitucional de Rajoelina.

“A tensão ainda é elevada naquele país. O que a SADC quer é manter-se firme na sua decisão (suspensão do Madagáscar na SADC) enquanto não for reposta a ordem constitucional”, disse o Secretario Executivo da SADC, o moçambicano Tomaz Salomão.

Por isso, a SADC não convidou Andry Rajoelina, que se auto proclamou Presidente do Governo de transição naquela ilha do Oceano Indico, na sequência da destituição ilegal de Ravalomanana, um presidente eleito.

Quanto ao Zimbabwe, o Rei reafirmou que a SADC saúda o Governo Inclusivo naquele pais, não obstante o grande desafio do presente que é a recuperação da sua economia.

Domingo passado, o Secretario Executivo da SADC, Tomas Salomão, disse que o Zimbabwe precisa de cerca de dez biliões de dólares norte-americanos para responder ao seu plano de emergência de reabilitação económica.

Apesar de elogiar os progressos do Governo Inclusivo no Zimbabwe, Mswati III manifestou-se preocupado com o facto de as sanções económicas decretadas contra este Estado membro da SADC estarem a contribuir para afundarem cada vez mais a sua economia.

Moçambique, Swazilandia, Africa do Sul, Malawi, Zambia, Tanzânia, Republica Democrática do Congo e Zimbabwe fazemse representar pelos respectivos Chefes de Estado, enquanto que as Maurícias, Lesotho, Angola e Botswana enviaram para Mbabane chefes de Governo ou Ministros dos Negócios Estrangeiros.

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