Segundo os resultados do 3º Censo Geral da População e Habitação, divulgados pelo Instituto Nacional de Estatística (INE), a cidade de Maputo contava com 1.094.315 habitantes em Agosto de 2007, contra 966.800 registados em 1997. Deste número, 532.429 são homens e 561.886 são mulheres, o correspondente a um rácio de 95 homens para 100 mulheres.
O INE explica que este crescimento lento da população da capital moçambicana deve-se ao facto de ter perdido parte da sua população a favor da província de Maputo, particularmente para as zonas de expansão habitacional nos distritos de Boane, Marracuene e cidade da Matola.
O INE refere ainda que entre 2006 e 2007 o balanço entre o número de pessoas que entraram e saíram desta urbe é negativo. Nesse período, a cidade de Maputo recebeu de outras províncias 26.038 pessoas, mas também saíram 39.614 para a província de Maputo.
Com relação à estrutura etária, na cidade de Maputo existe uma predominância de população jovem. Assim, 36.1 por cento correspondem a pessoas de 0-14 anos de idade; 61,6 porcento são pessoas de 15-64 anos de idade. As pessoas com 65 anos e mais correspondem a apenas 2.3 por cento.
Na cidade de Maputo, uma zona com acesso fácil ao planeamento familiar, a taxa de natalidade reduziu consideravelmente passando de 35.5 nados vivos por cada mil habitantes em 1997 para 28.7 por cada mil em 2007.
Durante o período compreendido entre os dois censos, a média de filhos por cada mulher reduziu de 4.2 para 3.0. Segundo os dados do INE, a esperança de vida à nascença é de 55 anos (52.1 anos para os homens e 57.9 para as mulheres). Estas previsões não tomam ainda em conta o impacto do HIV/SIDA, pois o factor determinante de esperança de vida à nascença é a mortalidade infantil. No período em referência, a taxa de analfabetismo na cidade de Maputo registou uma redução de 15 porcento em 1997 para 9.8 por cento em 2007. Contudo, as disparidades entre sexos prevalecem. Neste contexto, apenas 4.4 por cento dos homens disse ram que não sabiam ler nem escrever, contra 14.8 por cento das mulheres.
Ainda no concernente à educação, 86 porcento das crianças com idades compreendidas entre cinco e 15 anos estavam a frequentar a escola. Por outro lado, segundo os dados, as condições habitacionais registaram melhorias durante os dez anos. Em 1997, por exemplo, apenas 38 porcento das casas beneficiavam de energia eléctrica, mas, em 2007, esta fasquia subiu para 63 por cento. Porém, com relação a água potável, o progresso foi mínimo (apenas dois por cento), tendo passado de 49 para 51 porcento. Pelo menos 15 porcento das casas não tinham sistema de saneamento nem latrina. Segundo os resultados do censo, 68.4 por cento de habitações possuía receptor de rádio e 62.3 por cento possuía televisor. Isto significa que quase todas as residências electrificadas possuíam televisor aquando do censo.
Os dados mostram ainda que na cidade de Maputo há mais carros que bicicletas ou motos. Com efeito, 14.5 por cento de residências possuíam carro, contra apenas 5.7 por cento que tinham bicicleta e 1.2 por cento que tinham moto.
Na área de telecomunicações, o censo mostrou que 37.4 porcento dos habitantes da capital moçambicana tinha acesso ao telefone celular em 2007. Relativamente a religião, regista-se uma redução de pessoas que dizem não professar nenhuma confissão religiosa, tendo passado de 15.9 porcento para 14.3 por cento entre os dois censos.
No censo de 1997, 38 por cento dos habitantes de Maputo professavam “Zione”, uma religião que constitui uma miscelânea entre o cristianismo e crenças animistas tradicionais). Mas em 2007, apenas 25.2 porcento professavam esta confissão. O número de católicos, por seu turno, subiu de 21.6 por cento para 23.1 porcento durante o período em análise, enquanto os que estão filiados ao islamismo passaram de 4.6 para 5.3 porcento. Os que professam igrejas protestantes duplicaram durante esse período, situando-se em 21 por cento.