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Cidadão escapa do rapto em Maputo

Um cidadão moçambicano escapou ileso de uma tentativa de rapto ocorrida por volta das 07 horas desta sexta-feira (06), na Avenida Marginal, na capital moçambicana, a qual culminou com a detenção de três protagonistas, dos quais um baleado e sob cuidados médicos, depois de uma troca de tiros com a Polícia.

Segundo apurámos, a vítima identificada pelo nome de João Morgado, seguia na sua viatura em direcção ao Condomínio da Casa Jovem, seu local de trabalho. Durante o trajecto, de repente, na zona da Super Marés, uma viatura na qual se faziam transportar quatro pessoas embateu no espelho do carro conduzido por João Morgado. Supõe-se que o choque tenha sido propositado com vista a atrair a vítima até um lugar onde seria mais fácil concretizar o sequestro.

Depois da colisão, a viatura dos meliantes seguiu pela Avenida Marginal, apressadamente, até transpor a Rua Dona Alice. Nesse momento, João Morgado era perseguido por outra viatura, por sinal da mesma marca com a que ia na sua frente, com duas chapas de matrículas diferentes fixadas por arames. Os malfeitores estacionaram numa zona pouco movimentada, um dos ocupantes desceu do carro, foi ter com João Morgado, iniciou-se uma discussão e, de repente, com a arma apontada contra si, a vítima foi coagida a descer da sua viatura.

Instantes depois, um carro da Polícia à paisana, que acompanhava o caso desde algures, incluindo o embate no espelho, fez-se ao local, houve uma troca de tiros entre os supostos raptores e os policiais. Três sequestradores, dos quais um baleado (nesta altura em tratamento no Hospital Central de Maputo) foram detidos e um conseguiu fugir. Descobriu-se que os malfeitores traziam consigo chinelos e uma camiseta para João Morgado assim que o raptassem.

Soubemos ainda que do grupo, um dos raptores é um criminoso há anos e com um processo bastante negro no país, além de que é procurado pelas autoridades sul-africanas por causa de vários crimes que pesam sobre si.

Já na 13 esquadra, apareceu um cidadão, alegadamente funcionário do Ministério do Interior, o qual se identificou como sendo primo do indivíduo baleado e pretendia levá-lo para uma unidade sanitária com vista a receber tratamentos. A Polícia negou, pois, para além de que ainda se estava a instaurar um processo-crime, somente ela podia e pode encaminhar o ferido para hospital, tendo em conta as circunstancias em que o incidente aconteceu.

 

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