Para continuarmos  a fazer jornalismo independente dos políticos e da vontade dos anunciantes o @Verdade passou a ter um preço.

Chove em Quelimane e a situação de saneamento é crítica

As chuvas que tem vindo a cair desde a última noite na cidade de Quelimane em particular e um pouco pela província em geral, por um lado estão a trazer um drama de tristeza.

Em Mopeia por exemplo, há machambas inundadas, deixando completamente sem esperança os camponeses daquela região da província.

Informações que tivemos junto de alguns correspondentes nossos desde Gurué, Namarrói, Alto Molócuè, Chinde, só para citar alguns exemplos, dão conta que nestas regiões registam-se chuvas intermitentes.

Já em Quelimane, depois de tantas lamúrias de que não chove por causa disto mais aquilo, desde a noite da última quarta-feira, a cidade anda debaixo de chuvas que não dão muito espaço de manobra.

Chove sempre que pode e algumas pessoas também não cansam de lamentar. Nos bairros, conforme noticiou uma rádio local, há danos materiais.

Algumas casas já caíram no Santágua, devido ao aumento das águas. Sabe-se que quando chove, há bairros que por natureza não escapam, olhando pelas condições em que se encontram. Para além de casas que caem nos bairros há um possível problema que está a espreita.

A cólera, que por causa das precárias condições de saneamento em que a cidade regista, isso pode ser fatal. Os bairros assim como na cintura da cidade, alias podem-se incluir aqui os mercados, encontramse em péssimas condições de saneamento.

Águas paradas, lixo de todo tipo a mistura, pior ainda nesta época de mangas, ai, a situação torna-se mais gritante. Entrar no mercado central por exemplo a estas alturas, precisa ter muita coragem.

Mas mesmo assim, a edilidade está sempre por cima cobrando taxas diárias nos mercados, embora sabendo que não há condições de venda.

Autoridades sanitárias dizemse preparadas

Com as chuvas a caírem, há muito perigo. Perigo este que logo a vista pode ser a cólera. Aqui, as autoridades de saúde nesta parcela do país, dizem que estão prontas para qualquer eventualidade que possa vir.

A saúde diz mesmo que em caso de eclodir a cólera, há condições para responder os primeiros cem casos da doença. Mesmo assim, medidas de higiene individual e colectiva não podem ser ignoradas, porque são estas a primeiras indicações para evitar a cólera.

Não há cloro suficiente em Mocuba

Na semana passada, o nosso jornal conversou com o director distrital da Saúde, Mulher e Acção Social de Mocuba, Eduardo Arame. Este disse que ate agora não há casos de diarreias que assustem o seu sector.

Porem, fez saber que a grande dor de cabeça que tem é a insuficiência de cloro, produto considerado vital para tratamento de água. De acordo com Arame, as quantidades que tem não são suficientes para responder a possível demanda que vier.

Para inverter o cenário, o DDSMAC de Mocuba, diz que o sector que dirige tem aconselhado nas palestras que realiza para que as pessoas usem o produto Certeza, embora reconheça que em alguns casos, há dinheiro suficiente para adquirir este produto.

Neste momento, não há casos de cólera registados em Mocuba e muito menos na província em geral, dai que as autoridades continuam a apelar as populações a manteremse vigilantes e com medidas de higiene activas e sempre presentes.

Facebook
Twitter
LinkedIn
Pinterest

Deixe um comentário

O seu endereço de email não será publicado. Campos obrigatórios marcados com *

Related Posts

error: Content is protected !!