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Cheias: Chókwè refaz-se dos estragos

A vida tende, paulatinamente, a voltar à normalidade na cidade de Chókwè depois das cheias que fustigaram aquela parcela da província de Gaza, Sul de Moçambique. Dos lugares que estavam inundados, apenas alguns pontos, cujos solos não filtram a água com facilidade, continuam alagados.

Lama, lixo, cheiro nauseabundo, moscas, falta de comida e miséria são os problemas mais visíveis neste momento, segundo alguns citadinos contactados pelo @Verdade.

Marina Rugunate, residente no 1º bairro naquela urbe, contou-nos que somente alguns zonas ainda não beneficiam do fornecimento da água e luz. E há fome em Chókwè porque para além de faltar quase tudo, as pessoas não têm dinheiro e mesmo se o tivessem seria complicado fazer compras uma vez que localmente a actividade comercial continua interrompida.

“As compras são feitas na Macia mas só quem tem posse financeira conseguem chegar lá. Nenhum banco está a funcionar. Os mercados continuam todos fechados por aqui. O que se vê são bancas improvisadas mas não vendem muita coisa. Verduras, cebola e tomate, por exemplo, só existem na Macia”, disse Marina.

De acordo com ela, esta quarta-feira (30) a rede de telefonia móvel das duas operadoras “não funcionou durante todo o dia. Esta quinta-feira alguns bancos começaram a fazer limpar as suas instalações para poderem reiniciar o trabalho. Talvez aí algo vai melhorar.”

Rafael Macamo, outro residente da cidade de Chókwè, referiu que as Forças Armadas da Defesa de Moçambique (FADM) estão a limpar a cidade sem a ajuda da edilidade. Por isso a recolha do lixo não é satisfatória. Há fome. A população anda de lés a lés à procura de algo para comer mas não existe.

Há relatos que dão conta de que os actos de pilhagem vividos aquando das cheias cessaram parcialmente. Devido à fome, algumas pessoas recorrem aos assaltos como único meio para conseguir o que comer.

Enquanto isso, outros citadinos de Chókwè refugiam-se em Bilene. É o caso da Laurinda Nhabanga, colaboradora de uma das rádios comunitárias da província de Gaza. Segundo ela, mal as cheias começaram a fazer das suas instalou-se naquele distrito com a sua família. De lá só volta quando as coisas efectivamente normalizadas.

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