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Chineses investem 20 milhões de USD na prospecção de ouro em Gorongosa

A empresa chinesa Sogecoa está a investir cerca de 20 milhões de dólares norte-americanos na prospecção de Ouro no distrito de Gorongosa, província de Sofala, Centro de Moçambique. Falando, quarta-feira, em Maputo, a jornalistas, o governador da província de Sofala, Carvalho Muária, disse que essa actividade, iniciada há dois meses, deverá terminar até finais deste ano.

“Depois vai se analisar os resultados das pesquisas e dependendo das quantidades de ouro identificadas nos jazigos poderá investir-se na construção da planta de processamento deste mineral”, disse Muária, falando a margem do seminário sobre a província de Sofala, realizado na sequência da 47ª edição da Feira Internacional de Maputo que decorre em Ricatla desde Segunda-feira última.

O Ouro é um dos recursos que ocorre na província de Sofala, mas ainda é explorado por garimpeiros ilegais em moldes que danificam o meio ambiente, com o agravante de provocar prejuízos ao meio ambiente.

Por outro lado, a semelhança do que ocorre noutros pontos do país, o garimpo ilegal de ouro e outros minerais em Sofala beneficia, em grande medida, a cidadãos estrangeiros ilegais em Moçambique, que chegam a usar mão-de-obra infantil que, por essa razão, cedo abandona a escola.

Contudo, no seu contacto com a imprensa, Muária explicou que o acordo rubricado com a Sogecoa prevê que, no caso de descoberta de Ouro em quantidades comerciais, os actuais garimpeiros serão recrutados para trabalhar na nova fábrica.

Durante o seminário sobre o Dia de Sofala, Muária convidou o empresariado nacional e estrangeiro a investir naquela província, destacando as potencialidades daquele ponto do país em outras áreas tais como agricultura, pescas, infra-estruturas, turismo, minerais, artes, entre outras.

Ainda Quarta-feira, e no âmbito da 47ª edição da FACIM, realizaram-se outros vários seminários, incluindo o das Zonas Económicas Especiais (ZEE), criadas pelo Governo para promover investimentos acelerados através da concessão de uma série de isenções fiscais a iniciativas desenvolvidas nesses pontos do país.

Até agora, as ZEE compreendem o Parque Industrial de Beluluane, na província de Maputo, onde se localiza a fábrica de fundição de alumínio, a Mozal, e a região de Nacala, na província de Nampula, Norte de Moçambique.

Falando a imprensa momentos após o seminário sobre investimentos nessas áreas, o director do Gabinete das Zonas Económicas de Desenvolvimento Acelerado (GAZEDA), Danilo Nalá, disse que, nesta edição da FACIM, já houve empresários que manifestaram a sua vontade de investir no país.

“No nosso stand tivemos promessa de empresários portugueses que pretendem investir na Zona Económica Especial de Nacala e para a prestação de serviços as grandes empresas que lá investem”, disse Nalá.

Ainda não se sabe quanto é que este grupo português pretende investir em Nacala, mas sabe-se que tenciona operar nas áreas de construção e infra-estruturas.

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