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China reage às críticas dos EUA pelos direitos humanos

A China reagiu, Sexta-feira, a um relatório anual do Departamento de Estado dos EUA sobre direitos humanos, dizendo que só o povo chinês pode avaliar, segundo Pequim, os evidentes avanços nessa área.

Questionado sobre o relatório, Hong Lei, porta-voz do ministério chinês de Relações Exteriores, disse que o texto “calunia outros países, e o conteúdo a respeito da China ignora os factos e está cheio de preconceito, confundido preto e branco”.

Hong disse que, desde a adopção das históricas reformas económicas de mercado, há três décadas, “os esforços da China pelos direitos humanos obtiveram realizações que são evidentes para todo o mundo ver.

Os próprios chineses têm mais direito a manifestar-se sobre a situação dos direitos humanos na China”. “Nos direitos humanos, não existe isso de ser o melhor; só existe o melhorar”, acrescentou.

Os direitos humanos são um tradicional ponto de atrito entre Pequim e Washington, especialmente desde 1989, quando os EUA e outros países ocidentais impuseram sanções à China por causa da repressão às manifestações pró-democracia.

A China rejeita essas críticas, dizendo que, para um país em desenvolvimento, o mais importante é fornecer alimentos, roupas, moradia e crescimento económico, tirando milhões de pessoas da pobreza nas últimas décadas.

Hong disse que todos os países devem trocar opiniões e lições sobre os direitos humanos, desde que “em pé de igualdade”.

“De maneira alguma podem essas questões ser usadas como ferramentas para interferir nos assuntos domésticos dos outros países. Esperamos que os Estados Unidos realmente olhem longa e atentamente para si mesmos e ponham um fim às suas ideias e maneiras equivocadas.”

No que já se tornou uma resposta-padrão às críticas anuais dos EUA, a China posteriormente divulgou a sua própria avaliação anual sobre a situação dos direitos humanos nos Estados Unidos, acusando Washington de “fazer vista grossa à sua terrível situação dos direitos humanos, e silenciar a respeito”.

O relatório, divulgado pela agência estatal de notícias Xinhua, cita aspectos como a criminalidade e a guerra do Afeganistão, para dizer que Washington não tem moral para passar sermão noutros governos. “O país está a mentir para si mesmo quando intitula-se ‘terra dos livres'”, disse o texto.

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