A China puniu quase 20 mil autoridades públicas no ano passado por desobediência a regras para reduzir a burocracia e as pompas cerimoniais, informou o governo, esta segunda-feira (2).
O presidente Xi Jinping ordenou as medidas ao se tornar chefe do Partido Comunista, no final de 2012, em busca de dissuadir a revolta pública devido ao desperdício e a extravagâncias, principalmente por parte de autoridades que abusam de suas posições para acumular património.
Xi exigiu que as reuniões fossem reduzidas, cerimónias de boas-vindas canceladas e abandonada a prática de longos discursos sem sentido, num esforço para tornar a burocracia do país mais eficiente e menos susceptível a subornos.
A Comissão Central para Inspecção da Disciplina, órgão contra corrupção do partido, disse que a maioria das autoridades consideradas transgressoras das novas regras recebeu punições administrativas ou internas, sem dar mais detalhes.
Mais de 5 mil das autoridades violaram normas referentes ao uso de carros oficiais, enquanto 903 foram consideradas culpadas por organizar comemorações sofisticadas demais, informou o órgão por meio de um comunicado publicado na sua página na Internet.
Jinping já disse que a corrupção endémica ameaça a própria sobrevivência do partido e prometeu perseguir tanto “tigres” do alto-escalão como as “moscas” que voam baixo.