O principal diplomata da China, o conselheiro de Estado Dai Bingguo, disse a autoridades dos Estados Unidos nesta sexta-feira que os direitos humanos não deveriam ser usados para “interferência em assuntos internos de outros países”, depois de dois dias de negociações de alto escalão obscurecidas pelo impasse envolvendo o dissidente cego Chen Guangcheng.
“Questões de direitos humanos não deveriam perturbar as relações entre Estados, e elas não deveriam ser uma desculpa para interferir em assuntos internos de outros países”, disse Dai.
Dai fez o comentário no final do Diálogo Estratégico e Econômico EUA-China, em Pequim, num momento em que os governos dos dois países estão concentrados em negociações sobre Chen, que está num hospital de Pequim, depois de ter permanecido seis dias refugiado na embaixada norte-americana na capital chinesa.
Chen inicialmente disse que planeava ficar na China, mas depois mudou de ideia e afirmou que queria passar algum tempo nos Estados Unidos.