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China lidera a compra ilegal da madeira e o desmatamento no mundo

A Organização Não Governamental britânica denominada Environmental Investigation Agency (EIA) divulgou, esta quarta-feira (28), em Beijing, um relatório intitulado “Apetite por Destruição: O Comercio da Madeira Ilegal da China”, no qual revela que a China é actualmente o maior consumidor do mundo da madeira ilegal. Importa madeira roubada através de grupos criminosos em grande escala, o que concorre para o desmatamento.

O relatório, de 32 páginas, está disponivel desde esta quinta-feira (29) no endereço: http://www.eia-international.org/?p=6379. Segundo o mesmo, a China, uma superpotência emergente e a segunda maior economia do mundo, nada faz para conter o efeito devastador do seu crescimento económico sobre as florestas mundiais, numa situação em que o comércio por ela exercido rende bilhões de dólares por ano.

Nos últimos 10 anos, segundo o mesmo documento, um avanço significativo foi feito para proteger as florestas do mundo dos impactos devastadores do corte ilegal da madeira.

Grandes consumidores como o Estados Unido, a União Europeia e a Austrália tomaram medidas legislativas para excluir a entrada da madeira ilegal nos seus mercados. Países produtores importantes, como a Indonésia, dramaticamente melhoraram a aplicação das suas leis em contra do corte ilegal.

Entretanto, enquanto a China devasta as florestas do mundo, ao mesmo tempo tem tomado medidas vigorosas para proteger e regenerar as florestas do seu território e construiu também uma indústria voraz de processamento da madeira, dependente da importação desta matéria-prima.

“China está efectivamente exportando o desmatamento ao redor do mundo”, diz Faith Doherty, directora da campanha de florestas da EIA, num comunicado enviado ao @Verdade. “Qualquer progresso significativo para proteger as florestas está a ser prejudicado, a menos que o governo chinês aja rapidamente e decisivamente para reforçar a execução das suas leis e, assim, garantir que a madeira ilegal seja impedida de entrar nos seus mercados”.

Faith Doherty afirmou que o relatório produzido pela instituição de que faz parte, pela sua clareza e concisão apela da China uma outra postura perante o fenómeno depravador. “A responsabilidade de progredir na luta internacional contra o desmatamento, na exploração da madeira ilegal e em contra das redes criminosas por detrás deste comércio agora repousa inequivocamente sobre seus ombros (China)”.

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