A China está “altamente vigilante” sobre os voos de caças japoneses sobre as ilhas reivindicadas pelos dois países, e o Japão deve assumir a responsabilidade por quaisquer consequências, disseram os oficiais militares e marítimos chineses, esta Quinta-feira (27).
Os funcionários, falando um dia depois da posse do novo primeiro-ministro japonês, estavam a reagir ao envio de caças pelo Japão várias vezes nas últimas duas semanas para interceptar aviões de patrulha chineses a aproximarem-se do espaço aéreo acima das ilhas.
A situação na volátil região do Mar da China Oriental complicou severamente as relações entre Pequim e Tóquio.
“Vamos decididamente cumprir as nossas tarefas e missões enquanto coordenamos com os departamentos relevantes… de modo a salvaguardar as acções de cumprimento da lei marítima da China e proteger a integridade territorial do país e os direitos marítimos”, disse o porta-voz do Ministério da Defesa Yang Yujun, em entrevista colectiva.
O Ministério da Defesa do Japão reconheceu o envio de jactos F-15 em várias ocasiões nas últimas semanas para interceptar aviões chineses de vigilância marítima que se aproximam das ilhas, chamadas de Diaoyu pela China e de Senkaku pelo Japão.
O ministério afirmou que um avião chinês violou o que considera espaço aéreo japonês pela primeira vez a 13 de Dezembro. O governo japonês administra as ilhas e comprou três delas de um proprietário privado no verão passado, o que provocou violentos protestos anti-japoneses na China.
O novo primeiro-ministro japonês, Shinzo Abe, prometeu não ceder na disputa sobre as ilhas e aumentar os gastos de defesa para combater a crescente influência militar de Pequim.
A China tem cada vez mais flexionado a sua influência política e militar no Pacífico ocidental, afirmando vigorosamente as suas reivindicações territoriais, enquanto aumenta as suas forças militares.
Brunei, Malásia, Filipinas, Taiwan e Vietname também reivindicam partes do Mar da China Meridional.