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China e Rússia chegam a acordo para estimular o uso do rublo e do yuane

Os líderes da Rússia e da China, duas potências que durante a Guerra Fria mantiveram relações tensas, destacaram nesta quarta-feira a solidez de seus vínculos e o forte desenvolvimento de seus intercâmbios, apesar da crise econômica e financeira mundial.

“No meio da crise financeira global, estamos ativamente desenvolvendo uma cooperação prática em cada tema”, afirmou o presidente chinês Hu Jintao ao primeiro-ministro russo, Vladimir Putin, no início de sua visita de Estado. “A China sempre manterá suas relações com a Rússia como uma das prioridades de sua política externa”, acrescentou.

Por sua parte, Putin enfatizou que essas relações são agora suficientemente fortes para superar os efeitos da atual crise. “Apesar da crise financeira global, as relações entre nossos dois países e estão imunes às rupturas econômicas e políticas”, insistiu Putin.

Esta retórica positiva de ambas as partes constitui uma mudança em relação à era da Guerra Fria, quando a União Soviética e a China competiam pela supremacia no mundo comunista. Dessa maneira, China e Rússia chegaram a um acordo para favorecer o uso de suas moedas nacionais nos intercâmbios comerciais entre ambos os países, informou, por sua vez, o presidente russo Dmitri Medvedev.

“Chegamos a um acordo para tomar novas medidas nesse sentido, realizando, inclusive, possíveis modificações das bases contratuais e legais, ou dando diretrizes adequadas aos ministérios das Finanças e aos bancos centrais”, afirmou ainda Medvedev.

Durante a visita, os dois países assinaram uma série de acordos econômicos e expressaram sua intenção de modernizar o sistema financeiro mundial, sugerindo a necessidade de uma nova divisa supranacional paralela ao dolar.

O total dos intercâmbios comerciais entre a Rússia e a China alcançaram os 55 bilhões de dólares em 2008, segundo cifras do Kremlin. Também foi acertado que a Rússia construirá o segundo trecho da central nuclear de Tianwan, no leste da China.

O primeiro trecho, composto por dois reatores fabricados pela sociedade russa Atomstroiexport, entrou em funcionamento em 2007. A segunda fase do projeto, em discussão desde então, prevê o acréscimo de dois reatores de mil megawatts.

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